Durante o seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já registrou uma média de gastos recorde com o cartão corporativo. Ele já gastou mais do que seus antecessores Jair Bolsonaro (PL), Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT).
As despesas de Lula atingiram quase R$ 8 milhões nos sete primeiros meses de seu governo. É uma média mensal próxima de R$ 1,1 milhão faturados no Cartão de Pagamento do Governo Federal, nome oficial desse recurso.
Gastos de Bolsonaro, Temer e Dilma
A título de comparação, o cartão de Bolsonaro somou R$ 5,3 milhões no mesmo período de seu mandato. Já as faturas de Temer e Dilma foram de R$ 3,8 milhões e R$ 4,9 milhões, respectivamente.
Todos os números estão com correção da inflação. As informações têm como base dados disponíveis no Portal da Transparência, conforme o jornal Folha de S. Paulo apurou.
Boa parte dos gastos diz respeito a viagens do presidente ao exterior, com destaque para destinos como Inglaterra, Japão e Itália. No entanto, os detalhes das despesas ficam em sigilo, sob responsabilidade da Controladoria-Geral da União (CGU).
Sigilo dos gastos é alvo de debate
A divulgação completa e detalhada dos gastos tem sido debatida ao longo dos anos. No entanto, até que se chegue a um consenso, uma medida do Congresso visa a aprofundar o conhecimento sobre as despesas com o cartão corporativo do presidente Lula.
Trata-se do requerimento que a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou em junho. Nele, solicitam que o Tribunal de Contas da União (TCU) conduza uma auditoria nos gastos presidenciais.
Criação no último ano do governo FHC
O governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) criou os cartões corporativos em 2001. Sua finalidade é cobrir, com mais agilidade e transparência, gastos com produtos e serviços, viagens, segurança, entre outras despesas gerais relacionadas ao exercício do cargo.