A masturbação coletiva praticada por estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) causou indignação nos deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Na terça-feira 19, tanto parlamentares de direita quanto de esquerda manifestaram repúdio aos fatos ocorridos em abril, mas divulgados nos últimos dias.
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O deputado Agente Federal Danilo Balas (PL) parabenizou o deputado Carlos Giannazi (Psol) por ter acionado o Ministério Público e o Ministério da Educação (MEC) pelo fato considerado “execrável” por ele. Balas também expôs sua repulsa às cenas que foram divulgadas nas redes sociais.
Masturbação coletiva: deputada se revolta contra alunos
A deputada Thainara Faria (PT) também criticou a atitude dos estudantes de medicina da Unisa. “Como é que, em 2023, podemos permitir e achar normal que, em abril, um grupo de estudantes do grupo de medicina possa se masturbar enquanto acontece um jogo feminino?”, perguntou.
Thainara ainda recordou episódios em que médicos usavam anestesia para estuprar pacientes. “Não podemos dizer que as coisas não estão ligadas”, salientou.
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Já a deputada estadual Leticia Aguiar (PP) publicou nas suas redes sociais uma mensagem para repudiar a ação dos estudantes de medicina: “Cena grotesca”, afirmou. “Difícil de acreditar que a educação do nosso país chegou a esse nivel! Vamos tomar providências.”
Entenda o caso
Os alunos da Unisa estavam na plateia, na primeira fila, quando abaixaram os calções e começaram a tocar o órgão genital.
Uma aluna da Unisa, que pediu para não ser identificada, confirmou que vários estudantes abaixaram as calças e fizeram gestos com o pênis. “Houve, sim”, salientou. “Foi muito rápido, mas aconteceu. As meninas estavam em quadra, e os rapazes que estavam na torcida fizeram aquilo.”
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Os gestos dos alunos são tipificados como crime de ato obsceno — manifestação de cunho sexual, praticada em local público ou aberto ao público, capaz de ofender o pudor médio da sociedade. Isso consta no artigo 233 do Código Penal. O crime é punido com detenção de três meses a um ano, ou multa.
Até a tarde desta segunda-feira, não havia registro de ocorrência policial em Bauru e São Carlos. Conforme o Ministério Público de São Paulo, a promotoria de Justiça de São Carlos também não havia sido provocada sobre o assunto.
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A Liga Esportiva das Atléticas de Medicina do Estado de São Paulo (Leamesp), da qual a Unisa faz parte, alega que não tem como punir os alunos envolvidos no episódio, porque ocorreu em evento não organizado pela Leamesp.
“Abominamos atitudes como essa e reforçamos que o foco do nosso evento sempre foi e sempre será o esportivo”, informou a instituição, em nota. “A inadequação dessa situação com certeza será uma das pautas das nossas reuniões ordinárias, a fim de que isso não seja reproduzido em um dos nossos eventos.”
Na segunda-feira 18, a Universidade de Santo Amaro expulsou seis alunos de medicina que fizeram a masturbação coletiva diante de jogadoras de vôlei feminino, num torneio universitário em São Carlos (SP).
Engraçado deputados petistas repudiando estudantes correndo expondo o penis e não repudiar aquela peça teatral onde uma criança tocava um homem nu. Acho que as duas situações deveriam ser repudiadas, mas a turma da peça teatral era de esquerda, aí pode tudo.
SÃO CRIAS DA ESQUERDA MALDITA. NORMAL FAZEREM ISSO.