Integrantes do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) se queixam de “traição” por parte da Polícia Federal (PF), no caso de investigação da morte de Marielle Franco. A informação é da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
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Em nota divulgada na noite da última quinta-feira, 28, promotores de Justiça disseram que a polícia teve uma “postura desleal” com o órgão. Isso porque, segundo eles, a corporação expôs dados de investigações do MP que ainda estavam em fase de conclusão e, por enquanto, deveriam ter ficado sob sigilo.
Outro fator que causou o desgaste entre os órgãos foi o fato de a PF insinuar no relatório do caso Marielle que o ministério foi “resistente em federalizar a investigação”. Isso teria dificultado o andamento do processo.
Acerto de contas
O jornal procurou a cúpula da polícia, que negou a exposição de informações sigilosas do MP. A PF afirmou ainda que “teve o cuidado de não expor diligências em andamento”. De acordo com alguns membros da corporação, os investigadores envolvidos tiveram respaldo da Justiça para o compartilhamento das informações presentes no documento sobre o assassinato.
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Em conversas telefônicas, diretores das duas instituições conversaram para acertar atritos relacionados aos termos do relatório, segundo a colunista. “Há, entre os promotores, a expectativa que a cúpula da PF tenha uma conversa pessoalmente com o comando do MP estadual para estancar a crise”, informou O Globo.
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