Mesmo com a redução da velocidade de afundamento da área ao redor de uma mina de sal-gema em Maceió nos últimos dias, a situação continua gerando alerta.
De acordo com dados atualizados pela Defesa Civil na noite de quarta-feira 6, o afundamento do solo passou de 0,22 para 0,28 centímetro por hora.
Além disso, nas últimas 24 horas, o sensor de cavidade registrou um deslocamento vertical acumulado de 1,95 metro. O movimento total apresentado no período é de 6,7 centímetros.
Apesar da situação, o prefeito da capital alagoana, João Henrique Caldas, disse nas redes sociais que o nível de alerta da Defesa Civil havia passado de “Alerta Máximo” para “Alerta”.
“Na prática, isso significa que saímos de um risco iminente de colapso para um estágio de menor gravidade, mas que ainda requer atenção”, escreveu.
O pior cenário seria o colapso da área, com uma cratera que poderia chegar a 152 metros de raio.
O bairro do Mutange, que faz parte da zona crítica para risco de colapso, registrou mais de mil abalos sísmicos em cinco dias, segundo o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
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Afundamento da mina desde 2018
O problema do afundamento na região onde ficam as 35 minas de sal-gema da Braskem tornou-se notório em março de 2018, depois de um forte tremor atingir a área.
O risco iminente de formação de crateras levou à saída emergencial de cerca de 55 mil pessoas do local. O problema foi constatado por diversos órgãos.
Grandes quantidades de sal-gema foram encontradas no subsolo de Maceió na década de 1960. Já em 1976, a empresa Salgem – que passou ao comando da Braskem, em 2002 – começou a cavar minas na região, com aprovação das autoridades locais.
A mineração na área só parou em março de 2019, depois de confirmada a relação com o afundamento.
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