Em meio ao recorde de casos de dengue e de mortes causadas pela doença, o Ministério da Saúde encerrou as atividades do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE), depois de 142 dias de operação. O centro foi criado em fevereiro para lidar com o aumento significativo de casos de dengue no país.
Em junho, o Brasil registrou mais de 6 milhões de casos de dengue, quase quatro vezes o total de 2023, que foi de 1,6 milhão.
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“Superada a situação emergencial, o Ministério da Saúde mantém vigilância intensiva das arboviroses e trabalha no planejamento para evitar novas epidemias no país”, declarou a pasta.
Além disso, a Sala Nacional de Arboviroses foi reativada para monitorar casos de dengue, chikungunya, zika e febre Oropouche.
Dentre as principais ações realizadas no âmbito do COE estão:
- Visitas técnicas para apoio local nos seguintes Estados: Goiás, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo, Amapá, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Acre;
- Apoio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) no Distrito Federal e nos territórios indígenas Guarita (RS) e Xapecozinho (SC);
- Investigação epidemiológica e entomológica em municípios com casos detectáveis de febre Oropouche nos seguintes Estados: Amazonas, Acre, Roraima, Santa Catarina e Bahia;
- Plataforma de vigilância epidemiológica de arboviroses nas áreas indígenas.
Plano de Enfrentamento da Dengue
O Ministério da Saúde disse ainda que está trabalhando no Plano de Enfrentamento da Dengue e Outras Arboviroses 2024/2025, que deve incluir vigilância em saúde, manejo clínico, organização dos serviços de saúde, controle vetorial, financiamento de pesquisas, comunicação e mobilização social.
“Os últimos anos têm sido marcados por importantes registros de mudanças climáticas. Como consequência, cerca de 90 países tiveram aumento no número de casos suspeitos de dengue”, destacou o ministério.
Representantes de organismos internacionais, pesquisadores, gestores e membros da sociedade civil estão colaborando na criação do plano. A proposta visa a implementar ações a curto, médio e longo prazo.
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“Os efeitos das anomalias meteorológicas, a grande extensão territorial e o elevado contingente populacional colocam o Brasil em uma posição negativa em números absolutos”, acrescentou a pasta.
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