O ministro Márcio França, de Portos e Aeroportos, quer obrigar os aeroportos do país a fotografar as bagagens dos passageiros. A medida, segundo ele, faz parte do plano do governo federal para aumentar a segurança nesses locais.
“A gente quer que as câmeras fotografem cada uma das bagagens das pessoas antes de elas embarcarem”, disse França em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da estatal EBC.
Ainda segundo ele, os passageiros receberão a imagem da mala posteriormente. “Conforme estão no voo, vão receber uma mensagem de WhatsApp da mala fotografada, o que depois pode ser usado para comprovar com qual mala eles estavam”, argumentou o ministro.
Outras medidas do plano do governo federal são a instalação de raio-x e scanners corporais, câmeras na área de check-in, uso de detectores de líquidos e explosivos e restrição ao uso de celular pelos funcionários em alguns locais dos terminais.
“Parte do pessoal do crime organizado faz chantagem com aquelas pessoas”, disse, em referência aos funcionários dos aeroportos. “Sem celular, ficam sem esse contato.”
Ainda conforme o ministro, as medidas serão implementadas, inicialmente, no Aeroporto de Guarulhos, o maior do país. O investimento previsto é de R$ 40 milhões. Posteriormente, outros aeroportos devem receber os equipamentos.
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As ideias ‘geniais’ de Márcio França
“Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva finalmente terminou de nomear seu imenso primeiro escalão do governo, o brasileiro percebeu que o país poderia retroceder 20 anos em sua história”, escreveu Silvio Navarro, em reportagem publicada na Edição 157 da Revista Oeste. “Um ministro, contudo, parece mais empenhado na tarefa do que os demais: Márcio França, cota do PSB, colocado na pasta de Portos e Aeroportos.”
Navarro mostra que, em menos de três meses, França já ameaçou desfigurar o Marco do Saneamento Básico, impedir privatizações e rever as regras da navegação de cabotagem. Do seu gabinete, também partiu a ideia “genial” de imprimir 12 milhões de passagens aéreas, ao custo de R$ 200, para estudantes, funcionários públicos e aposentados.
“No caso dos bilhetes aéreos, a fala provocou mal-estar com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que não sabia do plano de voo”, observou Navarro. “Como o seu gabinete fica no andar superior ao de Lula, Rui Costa foi se queixar pessoalmente com o chefe. O presidente tratou do assunto publicamente, mas sem citar o nome de França, para não inflamar uma crise com o partido do vice, Geraldo Alckmin. Nenhum ministro, entretanto, teve dúvida de que o recado tinha endereço certeiro: era para França, cuja ideia inovadora amanhecera em todas as manchetes da imprensa. Até agora ele não disse o valor da contrapartida para as empresas aéreas que o governo terá de bancar — nem de onde vai sair esse dinheiro.”
A reportagem mostra que França fez uma série de pronunciamentos contra a privatização do Porto de Santos, no litoral paulista, às vésperas do embarque da comitiva brasileira para a China. O país asiático é o principal parceiro comercial do Brasil e o destino de US$ 90 bilhões em exportações no último ano. “Catorze Estados têm a China como principal destino do desembarque de mercadorias, sobretudo contêineres de grãos, carne e celulose”, lembra Navarro. “Outros 12 importam dos chineses grande volume de eletrônicos, acessórios e peças para a indústria de transformação. A porta de entrada e de saída é justamente o Porto de Santos. A China foi surpreendida com a insistência do ministro em ‘atravessar’ o processo de privatização.”
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De boas intenções está o inferno cheio. De grandes idiotices e de seus autores está o Brasil cheio. Não tem o que fazer? vai pescar.
O Ibama tem que ser notificado. A anta tem que ser afastada e voltar para a natureza.
Como tem gente inútil nesse governo, a única coisa que pode explicar é o valor do investimento, e o retorno de parte para o bolso de alguém.