Os ministros da Cidadania, Onyx Lorenzoni e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves se uniram ao ministro da Saúde, Nelson Teich em apresentação sobre combate à pandemia nesta quinta-feira
A ministra Damares abriu a coletiva sobre o combate à pandemia de coronavírus no Brasil nesta quinta-feira apresentando sugestões de máscaras para serem utilizadas para crianças e sugerindo aos pais que criem modelos para os pequenos, baseados em seus heróis preferidos e no tamanho correto para eles. Depois, mostrou o equipamento com uma parte em plástico transparente, voltada para a população surda. “Todos cuidando de todos nesse momento de enfrentamento à pandemia”, lembrou a ministra.
Damares também apresentou as ações que foram e estão sendo feitas para cuidar da população idosa durante a crise do coronavírus. Até dezembro deste ano, R$ 3,96 bilhões devem ser investidos em ações como prevenção e atendimento à saúde, atendimento na rede do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), compras de cestas básicas, kits de higiene e reforço alimentar, além de benefícios sociais. Segundo ela, mais de 30 milhões de idosos foram imunizados para a gripe em todo o País e 2,3 milhões de testes rápidos de covid-19 foram disponibilizados para esse grupo de risco pelo governo.
Ao anunciar que o Programa Saúde da Família agora visitará as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), a ministra foi enfática: “Nós acreditamos que isso vai mudar a política pública de atendimento de idosos no Brasil”. Ela agradeceu aos ministros da Cidadania e da Saúde por concordarem com a ideia. No total, 27 mil idosos estão sendo atendidos neste momento em 725 ILPIs.
Por fim, a titular da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos fez um apelo para que todos os tipos de violência contra os mais velhos sejam denunciadas pelo disque 100 – que agora também é um aplicativo – e que também serve para conforto e consolo da população idosa.
A Medida Provisória 953, que destinou R$ 2,55 bilhões para que o Ministério da Cidadania tomasse ações de prevenção, reforço alimentar e abrigamento junto aos municípios foi o tema da apresentação de Onyx Lorenzoni. O ministro disse que podem ser comprados EPIs para proteger quem trabalha na proteção da população, por até seis meses. Na área de alimentação, as instituições voltadas para os mais vulneráveis serão beneficiadas. “Num primeiro momento, temos 290 mil pessoas sendo atingidas por esta ação”, disse o ministro. E na questão do abrigamento, os moradores de rua vão ser o foco, com 260 mil pessoas cadastradas.
Mais de 32 milhões de requerentes do coronavoucher não tinham direito a ele, segundo Onyx, mas mais de 50 milhões eram elegíveis e 45 milhões já receberam o benefício.
Quando chegou o momento das perguntas serem dirigidas ao ministro da Saúde, Nelson Teich, a primeira questão levantada foi sobre a manutenção ou não do confinamento social. “Vejo isso muito mais como uma discussão política do que como uma discussão social”, ponderou ele. “Se não pararmos para olhar e tentarmos entender o que isso representa para a sociedade e ficar polarizando para dizer se é bom ou ruim, não vai levar a nada”.
Teich então deixou claro que cada Estado e município age de forma responsável, avaliando a própria situação e que cada um sabe ou saberá o momento em que será possível flexibilizar o confinamento de forma segura.
O ministro pediu para que a imprensa coopere para que a questão seja tratada de forma “equilibrada e serena”, para que as diretrizes tomadas sejam levadas como uma forma de planejamento para que o País possa sair da crise com segurança, e não como um argumento a ser usado em polarizações.
Nelson Teich afirmou que as diretrizes para a saída do confinamento estão prontas e não são “milagrosas”, mas que serão apresentadas no momento oportuno. “Modelos de sucesso no Brasil vão ser usados para tentarmos entender o que faz diferença, o que vai permitir que a gente flexibilize, mas não dá para começar a flexibilização com uma curva em franca ascendência”.