Mortes de grávidas crescem mais de 40% no Brasil, aponta Ministério da Saúde

Uma pesquisa do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), órgão do Ministério da Saúde, mostra que o número de mortes de mulheres grávidas ou seis semanas após o parto aumentou quase 42% em 2021 em relação ao ano passado.

De acordo com o estudo da SIM, o aumento dos óbitos de gestantes foi provocado, dentre outros motivos, pela pandemia de covid-19. O atual cenário prejudica o objetivo do Brasil de reduzir a mortalidade materna para no máximo 30 mortes por 100.000 nascidos vivos até 2030. A meta foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O país apresentou uma queda do número de mortes entre 2017 e 2019. Naquela época, sangramentos, hipertensão e outras causas obstétricas predominavam. Já em 2020, com a ascensão do coronavírus, os fatores que levaram aos óbitos foram relacionados às doenças desenvolvidas pela contaminação das mulheres com o vírus, afetando os sistemas respiratório e circulatório.

Vacinação

Em 25 de maio de 2021, a Pfizer anunciou o início dos testes clínicos no Brasil em mulheres grávidas saudáveis com 18 anos ou mais, para avaliar a eficácia e segurança da vacina contra a covid-19.

Segundo a empresa farmacêutica, aproximadamente 4 mil mulheres, durante a 24ª e a 34ª semanas de gestação, integraram o ensaio mundial. O estudo avaliou a segurança, a tolerabilidade e a imunogenicidade de duas doses do imunizante administradas com 21 dias de intervalo.

“Trata-se de mais uma etapa importante no combate à covid-19. As mulheres grávidas têm risco aumentado de complicações e de desenvolver a forma grave da doença. É muito importante reunirmos evidências sobre segurança e eficácia da vacina para esse grupo, pensando no binômio mamãe e bebê”, afirmou a diretora médica da Pfizer, Márjori Dulcine.