A Federação Nacional dos Policiais Penais Federais (Fenappf) negou qualquer interferência ou “apoio externo” na fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A entidade, no entanto, não descartou envolvimento dos agentes internos. Em entrevista coletiva neste domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou em “conivência” de agentes internos.
+ Leia as últimas notícias de Brasil no site da Revista Oeste.
Em nota divulgada no sábado 17, a entidade sindical assegura que os fugitivos não tiveram ajuda externa. “Os foragidos não tiveram apoio externo, ou seja, não havia logística externa, eles não possuíam veículo para fuga, celulares, casa de apoio e nem rota de fuga, o que nos leva a acreditar que não houve planejamento prévio e sim uma oportunidade que foi aproveitada e obtiveram êxito”, disse a entidade, na nota.
Deibson Nascimento e Rogério Mendonça fugiram da prisão de Mossoró na quarta-feira 14 e ainda não foram localizados. Na noite de sexta-feira, invadiram uma casa nas proximidades do presídio e roubaram celulares. Foi a primeira fuga de uma penitenciária de segurança máxima desde que o sistema foi implantado, em 2006.
+ Câmeras do presídio federal em Mossoró não estavam funcionando, diz Lewandowski
Sobre conivência de agentes internos, a federação, que reúne cinco sindicatos da categoria, afirma que “se for comprovada a participação de policiais durante a fuga”, será necessário “cortar a própria carne sem qualquer corporativismo”. “Findada as apurações, se tiver algum policial penal federal envolvido, cortarem a própria carte, sem qualquer corporativismo, pois o nosso maior orgulho sempre foram os números estatísticos de zero fuga, zero rebelião, zero celular”.
Na nota, a Fenappf afirma que mesmo com a fuga, “as penitenciárias federais continuam seguras e cumprindo o seu devido papel — o isolamento de lideranças criminosas inseridas no Sistema Penitenciário Federal”.
+ Lewandowski culpa carnaval pela fuga de dupla do Comando Vermelho
Ao menos 300 agentes de segurança fazem buscas na região há cinco dias pelos fugitivos. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, embarcou para Mossoró neste domingo. Os dois foram incluídos na lista da Interpol onde figuram os criminosos mais procurados do mundo.
Todo mundo sabe quem ajudou, todo mundo.
Provavelmente alguém aliciado, confundindo a facção à qual pertenciam os criminosos, assim que notou a vigilância ‘relaxada’ incentivou: ‘- Vai, vai…’!
Ate que enfim começou a aparecer a verdade, claro que houve corrupçao ou ameaça contra familiares. Isso demonstrou o nivel da dominaçao que os narcotraficantes estao exercendo no Brasil. O sistena esta podre, corrupto e nao tem saida. Ninguem visita uma comunidade com tranquilidade, nao preciso indicar quem foi.