A busca pelos dois criminosos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, completa um mês nesta quinta-feira, 14. A operação segue sem grandes avanços.
No decorrer das últimas semanas, os fugitivos já mantiveram uma família como refém e foram avistados em comunidades diversas. Além disso, eles se esconderam em uma propriedade rural e agrediram um homem na zona rural de Baraúna, município vizinho a Mossoró e próximo à divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará.
Segundo a Polícia Federal (PF), sete pessoas já foram presas desde o início da operação. Conforme as autoridades, a prisões ocorreram no Ceará e no Rio Grande do Norte. De acordo com as investigações, os novos presos teriam ligação com as fugas.
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, chegou a afirmar, nesta quarta-feira, 13, que o trabalho da operação tem ocorrido “com êxito”. A declaração foi dada a jornalistas depois da reunião com as forças de segurança empenhadas na operação.
A força-tarefa é formada por cerca de 600 agentes, além de drones, helicópteros e outros equipamentos.
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Lewandowski afirmou que a operação tem “fortes indícios” que os fugitivos continuam na região do interior potiguar. “O resultado prático a meu ver é que eles não conseguiram escapar deste perímetro, eles estão cercados” disse o ministro. “Embora não tenham sido recapturados, eles se mantêm nesse perímetro original”.
A última pista de que os fugitivos estariam na região de Baraúna, onde a força-tarefa se concentra, foi identificada no último domingo,10.
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Moradores de uma casa na zona rural estranharam um “comportamento atípico” de seu cachorro e chamaram a polícia. Os cães farejadores identificaram o cheiro dos procurados. Os policiais intensificaram as buscas no entorno da residência, mas nada encontraram.
Chuvas atrapalham buscas em Mossoró
Segundo a força-tarefa, além das 400 cavernas que existem na região, obstáculos naturais, como as fortes chuvas na região, têm dificultado o trabalhos dos policiais. As instabilidades climáticas estariam apagando rastros deixados pela dupla de fugitivos, além de dificultar o deslocamento das equipes para áreas mais isoladas.
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento fugiram do Presídio Federal de Mossoró em 14 de fevereiro. Naturais do Acre, os dois são acusados de terem ligação com o Comando Vermelho. Baseada no Rio de Janeiro, a facção criminosa opera em outros Estados brasileiros.
Essa foi a primeira fuga do complexo penitenciário federal, criado em 2006. O caso gerou a primeira crise da gestão do ministro Lewandowski, que assumiu o comando da pasta de Justiça e Segurança Pública do governo Lula no início de fevereiro deste ano.
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