Motorista abandona ônibus lotado no Rio de Janeiro

Um motorista abandonou um ônibus lotado na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, e embarcou em outro coletivo na noite de quarta-feira 26.

Ele dirigia na pista sentido zona oeste quando resolveu deixar os passageiros da linha 397 desamparados. A linha faz o trajeto Campo Grande–Candelária.

Usuários compartilharam imagens nas redes sociais sobre a situação. O motorista aparece na pista e faz sinal para embarcar em outro ônibus, como passageiro.

Por que o motorista abandonou o ônibus lotado no Rio de Janeiro

Depois, o vídeo exibe o ônibus da viação Transportes Campo Grande lotado e abandonado. E o ônibus que o motorista embarcou indo embora.

“O motorista saiu do ônibus”, diz a pessoa que registrou o momento. “Ele (deu) tchau e pegou outro ônibus. Meu Deus, ele foi embora e deixou o ônibus aqui.”

O motorista estaria sendo hostilizado por passageiros, segundo relatos. O motivo das agressões verbais seria o fato de ele cumprir suas funções: o ônibus estava lotado e alguns passageiros reclamaram de ele parar em cada ponto para deixar os passageiros que precisavam descer da condução.

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“Infelizmente, os motoristas sofrem inúmeros tipos de constrangimentos por parte de alguns usuários”, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José.

“Seja em relação a demora de dar o troco da passagem, já que hoje os motoristas acabam fazendo a dupla função como trocador, o estresse vivido quanto à jornada excessiva de trabalho imposta pelas empresas e à falta de segurança nos coletivos”, seguiu José. “Isso tudo eleva o número de estresse desses profissionais.”

José também disse que o sindicato cobrou um posicionamento dos responsáveis pela empresa. “Já cobramos e vamos continuar cobrando que as empresas invistam cada vez mais na área psicológica dos funcionários, pois a atitude desse profissional pode ser um alerta nesse sentido.”

“Inclusive estamos cobrando da Viação Campo Grande a ficha de avaliação desse motorista e quando foi realizada sua última avaliação psicológica.”