O Primeiro Comando da Capital (PCC) enfrenta um “racha” interno desde fevereiro de 2018, ano em que Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, membros da alta cúpula da facção, foram mortos na região metropolitana de Fortaleza (CE), acusados de desviar dinheiro da organização criminosa. Desde então, segundo informações do Ministério Público Estadual (MPE), nove pessoas foram mortas. Nenhum corpo foi encontrado, entretanto. Um dos desaparecidos é Nadim Georges Hanna Awad Neto, o Naldinho. Ele sumiu no mês passado. O MPE apurou, ainda, que outros três desaparecidos eram ligados a Nadim. Em fevereiro de 2018, após os assassinatos de Gegê do Mangue e Paca, o PCC enfrentou uma guerra interna. O narcotraficante Wagner Ferreira da Silva, apontado pela Polícia Civil do Ceará como o homem que coordenou a execução de dois membros da facção, foi morto uma semana depois. O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), explicou à coluna de Josmar Jozino, do UOL, que planilhas do PCC apreendidas durante as investigações mostram que a organização criminosa faturou R$ 1 bilhão de janeiro de 2018 a julho de 2019 com tráfico de drogas.
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