Rio Grande do Sul e Santa Catarina podem registrar casos de microexplosão atmosférica nos próximos dias, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O fenômeno ocorre quando uma corrente de vento descendente violenta se separa de uma nuvem de tempestade e se desloca com força em direção ao solo.
+ Leia as últimas notícias de Brasil no site da Revista Oeste
Na microexplosão (também conhecida por seu nome em inglês, downburst), uma descarga de ar frio e denso atinge o solo e se espalha, provocando ventos extremamente fortes que podem atingir velocidades muito altas.
O fenômeno é o oposto do tornado, quando os ventos em direção ao solo convergem, formando um redemoinho. Mas o poder destrutivo é semelhante. Uma microexplosão foi registrada no último sábado, 27, em Santa Cruz do Sul (RS).
+ Chuvas no RS: Gramado e parte de Porto Alegre podem inundar
O Rio Grande do Sul sofre os efeitos de fortes temporais que já deixaram ao menos 29 mortos e 60 desaparecidos. A microexplosão pode ocorrer junto com as fortes chuvas nas demais regiões, que têm causado inundações e mobilizado resgates,
O fenômeno da microexplosão pode ocorrer o ano inteiro, mas é mais comum no verão, quando os dias são mais quentes e a umidade é alta, o que favorece a formação de nuvens de tempestade.
Na microexplosão atmosférica, nuvens podem ter até 20 km
Essas nuvens podem ter até 20 quilômetros de altura e são capazes de gerar vento destrutivo, segundo o National Weather Service, dos EUA.
“Um downburst é uma forte e relativamente pequena área de ar descendente, sob uma tempestade, que pode resultar em uma descarga de vento forte sobre o solo. Pode também surgir sob o efeito do resfriamento muito rápido do ar com a evaporação da chuva em uma atmosfera originalmente seca. O ar mais frio e denso desce rapidamente para o solo”, descreve o serviço norte-americano.
+ Leite diz que Rio Grande do Sul vive o ‘pior evento’ da história
Numa microexplosão atmosférica, a velocidade dos ventos pode ser muito alta, acima dos 200 quilômetros por hora, derrubando árvores e provocando danos estruturais a construções. É um grande risco para a decolagem e o pouso de aviões. O fenômeno provoca estrondos altos, que as pessoas costumam comparar com o som de um trem de carga.
Segundo a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera, dos EUA, em uma microexplosão os ventos se estendem horizontalmente por uma área inferior a 4 quilômetros. Macroexplosões ocorrem quando os ventos se espalham por uma área com mais de 4 quilômetros.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado
Contra a FÚRIA DA NATUREZA não a resistência, até porque ela é maior que nós.