Na manhã desta quinta-feira, 31, a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) prenderam 36 suspeitos, em 12 Estados, na Operação Lobo Mau. A força-tarefa nacional visa a desmantelar uma quadrilha que monetiza o abuso sexual infantil.
As autoridades cumpriram 92 mandados de busca e apreensão em 20 unidades federativas e no Distrito Federal. A polícia prendeu um indivíduo da cidade de Olímpia, no interior de São Paulo, que estava no Espírito Santo.
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As outra detenções ocorreram nos seguintes Estados:
- Pará;
- Pernambuco;
- Piauí;
- Sergipe;
- Goiás;
- Mato Grosso;
- Mato Grosso do Sul;
- Paraná;
- Rio de Janeiro;
- São Paulo; e
- Minas Gerais.
No Estado de São Paulo, a polícia prendeu 11 suspeitos nas seguintes cidades:
- São José do Rio Preto;
- Caraguatatuba;
- Jacareí;
- São Sebastião da Grama;
- Campinas;
- Itanhaém; e
- Sorocaba.
No município de Itanhaém, localizado na Baixada Santista, as autoridades encontraram um “estúdio”. O espaço, ao que tudo indica, era usado para produzir e editar os vídeos de abuso sexual.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a quadrilha se aproximava das crianças por meio de jogos on-line. Os suspeitos entravam em contato com as vítimas por meio de bate-papos virtuais ou redes sociais, e então convenciam os menores de idade a mandarem fotos nus.
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Com o material em mãos, o grupo divulgava e comercializava o conteúdo. Durante as buscas, a polícia encontrou vários dispositivos eletrônicos usados pelos suspeitos.
Delegado suspende direito à fiança para os suspeitos de abuso sexual infantil
O delegado Everson Contelli, na seccional de Fernandópolis, participou da operação. Contelli disse que os detentos não têm mais direito à fiança.
“Ressalte-se que, independentemente de ser produtor ou por armazenar, os crimes agora são considerados hediondos”, afirmou o delegado.
Contelli disse que, a depender dos casos, os suspeitos poderão responder por crimes do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Embaixada dos Estados Unidos ajudou na operação da Polícia Civil
A Embaixada dos Estados Unidos ajudou na Operação Lobo Mau da Polícia Civil, que visa a combater o abuso sexual infantil. A agência Homeland Security Investigations também atuou no processo.
De acordo com a SSP, o nome da operação “faz referência ao criminoso predador sexual que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e depois atacá-la”. O órgão afirmou que a situação é “potencializada enormemente no ambiente virtual.”