A facção criminosa Primeira Comando da Capital (PCC) fatura mais de R$ 10 bilhões com tráfico de drogas via Porto de Santos, no litoral de São Paulo. O valor parte de estimativa do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e foi divulgado na terça-feira 12.
O promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), atua contra a facção há quase 20 anos. De acordo com ele, as 6 toneladas de cocaína que a Polícia Federal (PF) apreendeu no Porto de Santos neste ano representam apenas 10% do que os criminosos conseguem mandar em navios para a Europa.
O número total de drogas que chegam ao continente europeu por ano, segundo o MPSP, é de 60 toneladas. Conforme o levantamento, isso rende cerca de R$ 11 bilhões, pela cotação atual, ao PCC.
“Estamos atacando o patrimônio de núcleos formados por dois líderes: Marcos Roberto de Almeida (conhecido como ‘Tuta’) e Odair Mazzi, (‘Dezinho’)”, disse o promotor. “Só esses eixos movimentaram em certo período mais de R$ 100 milhões. Com os mandados cumpridos hoje (terça-feira 12), verificaremos a questão do sequestro de imóveis e bens de luxo, como joias e relógios.”
Na segunda fase da Operação Sharks, forças policiais paulistas prenderam dois operadores financeiros da organização criminosa. Foi decretado também a prisão de uma liderança do grupo. Mais de 20 mandatos de busca e apreensão na Baixada Santista, na capital paulista e na Bahia, onde a ação contou com o apoio do Ministério Público local, foram efetuados nesta semana.
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Na primeira fase da operação, a promotoria identificou que criminosos enviaram R$ 1,2 bilhão, referentes ao tráfico internacional de drogas, do Brasil para o Paraguai.
A Operação Sharks mira o núcleo de lavagem de dinheiro do PCC e conta com ações das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e do Gaeco.
PCC quer controle do porto
Em entrevista exclusiva a Oeste, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que o crime organizado teve grande prejuízo financeiro e na continuidade de atuação criminosa devido a Operação Escudo, deflagrada no fim de julho. De acordo com Tarcísio, o PCC se estabeleceu no Guarujá por causa da proximidade com o Porto de Santos, “que se tornou o maior entreposto comercial de drogas do mundo”.
“A geografia do Guarujá, parecida com a do Rio de Janeiro, torna fácil enterrar drogas”, disse Tarcísio, na entrevista a Oeste. “Não é uma brincadeira, estamos enfrentando o crime organizado.”
O interesse da facção criminosa pelo controle do Porto de Santos se deve por ele ser o principal ponto de envio de cocaína para a Europa. Da cidade do litoral paulista saem cerca de 60% de toda a cocaína enviada do Brasil para o outro lado do Oceano Atlântico, segundo estimativas do Gaeco.
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E agora estão recebendo apoio de especialistas de contra revolução de cuba, venezuela e nicaragua…
Eh O ACREDITÁVEL!!