A Prefeitura de São Paulo se comprometeu a gastar mais de R$ 100 milhões com os desfiles de escolas de samba da cidade. O valor considera cachês, apoio às agremiações e infraestrutura para todas as divisões. As verbas, no entanto, não consideram custos operacionais de órgãos de zeladoria, segurança, transporte e outros. Também não incluem gastos com o Carnaval de rua, envolvendo blocos.
A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP) firmou contratos para receber R$ 65,4 milhões da gestão Ricardo Nunes (MDB). A instituição reúne 32 escolas do Grupo Especial e das duas divisões de acesso que desfilam no sambódromo.
São Paulo: maior contrato é o da Cultura
Conforme o site Uol, a Prefeitura disse que terá o maior Carnaval do Brasil com geração de pelo menos 50 mil empregos. “Os recursos destinados, portanto, estão à altura de toda a infraestrutura necessária que envolve a festa”, comunicou a administração municipal.
O maior dos contratos é com a Secretaria Municipal de Cultura, que está repassando R$ 51,9 milhões em acordo que inclui ensaios técnicos e de quadra e 138 oficinas. O montante é dividido entre as escolas, que prestam contas com notas fiscais de itens como tecido, lantejoulas e fitas.
O valor para cada escola da primeira divisão (R$ 2,5 milhões) é superior ao que a Prefeitura do Rio paga às agremiações da elite carioca (R$ 2,15 milhões). Mangueira e outras representantes, contudo, também contam com apoio do governo do Estado do Rio, que prometeu mais R$ 2,5 milhões a cada escola do Grupo Especial. Em São Paulo, não há apoio semelhante.
A Liga-SP ainda recebeu outros R$ 13,5 milhões da SPTuris, empresa pública da Prefeitura, a título de “cachê”, sem prestação de contas. O dinheiro serve para cobrir despesas dos desfiles organizados pela entidade que há duas semanas reclamou que a verba inicial, de R$ 10 milhões, não daria. Assim, conseguiu principalmente um aumento de 25%.
+ Leia mais notícias de Brasil na Oeste