Peritos da Aeronáutica começam a analisar os motores do avião bimotor da companhia aérea Voepass que caiu na última sexta-feira, 9, em Vinhedo. Até a manhã desta terça-feira, 13, o Instituto Médico-Legal de São Paulo identificou 42 dos 62 mortos no acidente aéreo. Todas as vítimas passaram por exames. A causa da morte foi politraumatismo.
O reconhecimento dos corpos ainda não tem prazo para terminar. As declarações de óbito de 15 vítimas já foram entregues aos familiares.
Entre os identificados estão o piloto Danielo Santos Romano, a fisiculturista Daniela Schultz Fodra e o policial Hiales Carpine Fodra.
Investigações e detalhes do acidente de avião em Vinhedo
O avião transportava 58 passageiros e quatro tripulantes. Nenhum sobreviveu. A aeronave caiu no Condomínio Recanto Florido, no bairro Capela, e atingiu duas residências. No entanto, não houve vítimas em solo. A Aeronáutica, a Polícia Federal e a Polícia Civil investigam as causas do acidente.
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De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a Voepass declarou que o avião estava apto a voar. Especialistas sugerem que o congelamento das asas pode ter causado a queda.
“A possibilidade de que as asas da aeronave tenham ficado cobertas por gelo durante o voo pode explicar a instabilidade e a queda”, afirmaram.
A identificação dos mortos ocorreu por digitais, radiografias, exames odontológicos e tatuagens. A maioria dos passageiros era do Paraná. O Ministério Público acompanha as investigações.
Aeronave operava sem gravar 8 informações da caixa-preta
O avião operava sem gravar oito informações de voo na caixa-preta da aeronave. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concedeu uma licença temporária de 18 meses em 1º de março de 2023, que permitia a operação do avião sem esses registros, a pedido da Voepass.
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A companhia pretendia incorporar a aeronave à sua frota, mas o avião não estava apto a gravar todos os parâmetros operacionais exigidos pelo Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC n° 121).