A Polícia Federal (PF) enviou o relatório final da Operação Mujahidin à Justiça Federal. A ação, executada em parceria com a Brigada Militar do Rio Grande do Sul e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), investiga um suspeito de planejar e promover ações terroristas no Brasil. O portal Metrópoles divulgou as informações nesta sexta-feira, 21.
Residente em Porto Alegre (RS), o suspeito se apresenta como Daniel Andrade Abdallah. Os agentes identificaram postagens em suas redes sociais de apoio a grupos terroristas, como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico.
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Além disso, foram encontradas mensagens de ódio religioso, especialmente direcionadas à tradição judaica.
Segundo o relatório da PF, Daniel mantinha contato com terroristas no exterior. Ele demonstrava interesse em se juntar a essas organizações. O investigado realizava pesquisas sobre atentados e fabricação de explosivos.
Durante as buscas, os policiais apreenderam um arsenal variado — incluindo “armas brancas”, coletes balísticos, porretes, munições e simulacros de armas de fogo.
Os agentes também encontraram bandeiras, camisetas, vídeos, livros e diversos outros materiais que faziam apologia ao terrorismo, ao nazismo e ao extermínio do povo judeu.
Daniel pode pegar mais de 20 anos de prisão por envolvimento com terrorismo
A PF classifica o caso como uma “ameaça concreta” e ressalta que Daniel estava em fase avançada de aprendizado com os grupos externos. O inquérito segue sob sigilo na Justiça Federal.
A Abin declarou apoio a “Operação Mujahidin contra crimes de terrorismo e racismo”. A Polícia Federal ainda conclui a apuração no Rio Grande do Sul.
A corporação afirma que o indiciado, “caso condenado pela Justiça, poderá responder por crimes que, se somadas e aplicadas as penas máximas, podem atingir mais de 20 anos” de detenção.
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