O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que a Polícia Federal (PF) investigará os casos em que seis pessoas receberam órgãos contaminados com HIV. Os pacientes estavam na fila de transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro.
A pasta também iniciou uma auditoria para examinar o sistema de transplantes e verificar irregularidades na contratação do laboratório responsável pelos testes. Os exames que não detectaram a contaminação foram feitos pelo laboratório PCS LAB Saleme.
Um dos sócios do local é Matheus Sales Teixeira Bandoli Viera. Ele é primo do deputado federal Doutor Luizinho, ex-secretário de Saúde do Estado.
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O Ministério da Saúde (MS) solicitou a interdição cautelar do Laboratório PCS LAB Saleme. A empresa foi contratada pela Fundação Saúde, sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro.
Alterações nos procedimentos de testagem de órgãos para dectar HIV
O MS ordenou que as testagens de doadores no Rio de Janeiro retornem ao Hemorio — centro de referência do governo fluminense. O governo federal também de pediu a retestagem dos materiais de todos os doadores processados pelo laboratório, para identificar novos casos.
Anteriormente, a Secretaria de Saúde do Rio classificou o evento como “intolerável” e destacou que é uma situação sem precedentes. Uma comissão multidisciplinar foi formada para prestar apoio aos pacientes afetados com órgãos contaminados com HIV.
Suspensão das atividades do laboratório
O laboratório privado, contratado por licitação pela Fundação Saúde, teve suas atividades suspensas imediatamente após a descoberta do caso e foi interditado cautelarmente. Por questões de privacidade e andamento da investigação, detalhes das circunstâncias não foram divulgados. O laboratório PCS LAB comunicou que informou à Central Estadual de Transplantes sobre todos os resultados de exames de HIV realizados entre 1º de dezembro e 12 de setembro.
