Rosenberg Freitas da Silva, ex-policial militar (PM), foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), suspeito de participar de uma organização criminosa especializada em dar golpes em seguradoras de veículos.
A mulher de Silva, Shirleny Silva Rego, também foi presa na operação. O prejuízo causado às empresas pelos “playboys da batida” pode superar R$ 2 milhões.
Silva é policial licenciado da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Ele é apontado como um dos cabeças dos “playboys da batida”. Os veículos em nome do ex-pm chamam atenção por serem luxuosos.
Rosenberg Freitas da Silva tem duas Porsche Cayenne, uma motocicleta BMW R1250 e outra Honda PCX. Ele também possui três carros de menor valor, como um Honda Fit e um Hyundai HB20.
Rosenberg Freitas Silva era um dos cabeças dos “playboys da batida”
Segundo a investigação conduzida pela 18ª Delegacia de Polícia, de Brazlândia, o ex-pm acusado de golpe foi licenciado por processo administrativo disciplinar depois de emitir 150 cheques sem fundos.
Em 2006, ele foi preso em flagrante por estelionato contra uma unidade das Lojas Americanas em Taguatinga, de acordo com o portal Metrópoles. Ele adquiriu celulares, com cartão de crédito, e se apoderou da máquina de cartão para cancelar a compra. Ele brigou com vigilantes depois de ser flagrado por eles, mas foi preso em seguida pela PMDF.
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No mesmo ano, Silva foi investigado por falsidade ideológica e uso de documento falso. Ele apresentou uma certidão falsa em processo de habilitação para adquirir um imóvel pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo.
A ação da polícia contra os “playboys da batida” cumpriu seis mandados de prisão temporária, sequestro de 20 veículos e bloqueio de R$ 2 milhões das contas dos investigados.
O grupo atua desde 2015 forjando acidentes violentos com perda total de veículos para embolsar o dinheiro das seguradoras. Além do ex-pm e da mulher dele, o grupo também era composto por um empresário, uma advogada e outros dois integrantes.
A quadrilha teria simulado 12 acidentes, com a destruição de 25 veículos de luxo, de marcas como Porsche, Audi, BMW, Volvo e Mercedes. Os criminosos gastavam o dinheiro das apólices em viagens internacionais de luxo pela Europa, Ásia e no Oriente Médio. Parte do valor era “reinvestido” em mais veículos, para repetir o golpe.