O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur José Dian, afastou temporariamente os policiais civis e os agentes citados nas delações de Antônio Vinicius Gritzbach. O empresário e corretor de imóveis morreu no Aeroporto de Guarulhos na última sexta-feira, 8, depois de ser alvo de dez tiros de fuzil.
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Gritzbach firmou um acordo de colaboração com o Ministério Público de São Paulo, no qual mencionou o envolvimento de policiais civis em atividades ilícitas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele ainda relatou casos de extorsão, dos quais foi vítima.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou, em nota, que os policiais mencionados por Gritzbach estão temporariamente fora de funções operacionais, durante a investigação.
Investigações sobre o PCC e a Polícia Militar
A Polícia Militar de São Paulo também passa por investigação interna. Ontem, o órgão afastou policiais que atuavam na escolta privada de Gritzbach. Investigações apuram se esses policiais colaboraram com a execução do delator, em promoção de alguma facilidade do crime.
O promotor Lincoln Gakiya destacou que Gritzbach havia denunciado extorsões à Corregedoria da Polícia Civil, mas o caso foi arquivado. “Foi quando ele veio nos procurar para propor a delação”, afirmou Gakiya.
Câmeras de segurança do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, registraram o momento em que Antonio Vinicius Lopes Gritzbach foi executado nesta sexta-feira, 8. O empresário delatou esquemas de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). pic.twitter.com/woX7mMaL5J
— Revista Oeste (@revistaoeste) November 9, 2024
Gritzbach relatou ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) três possíveis mandantes de sua morte: integrantes do PCC, os policiais que ele denunciou ou a pessoa que lhe entregou joias no aeroporto, avaliadas em R$ 1 milhão.
Ele também acusou a polícia de apagar dados dos seus celulares apreendidos, que continham conversas comprometedoras com outros agentes.
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Segundo as autoridades, Gritzbach estava ameaçado de morte pela facção criminosa, suspeito de ter ordenado o assassinato de Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta. Este crime também está sob investigação da Justiça.
Afastados e soltos ?