A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Usuário Bloqueado, na manhã desta sexta-feira, 28, com o objetivo de combater uma organização criminosa composta de funcionários da Caixa Econômica Federal. Eles seriam responsáveis por realizar fraudes bancárias eletrônicas de aproximadamente R$ 2,5 milhões.
Na diligência, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão, sendo 18 em cidades do Estado do Pará, nove no Entorno de Brasília (DF), dois no Maranhão e um em São Paulo. Três pessoas foram presas.
Também foi determinado o afastamento cautelar de cinco funcionários do banco acusados de envolvimento no esquema de fraudes. Foram executadas ordens judiciais de apreensão e bloqueio de bens e valores, com o intuito de recuperar os ativos desviados, descapitalizar e desmantelar a quadrilha.
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As ações são desdobramentos da força-tarefa Tentáculos, que envolve a cooperação entre a Polícia Federal e instituições bancárias. A ideia é combater fraudes bancárias eletrônicas.
Denúncia partiu da Caixa
Em nota, a Polícia Federal alega ter recebido denúncias da própria instituição financeira.
“As investigações foram iniciadas após o recebimento de informações oriundas da Caixa Econômica Federal sobre indícios de fraudes praticadas por meio da alteração nas credenciais de acesso ao sistema realizadas por empregados do banco”, explicou a PF.
A corporação acrescentou que “as alterações permitiam que o grupo criminoso transferisse valores para contas bancárias de terceiros, integrantes da organização”.
Conforme a PF, as fraudes teriam sido praticadas entre janeiro de 2021 e março do ano passado, com participação de empregados do banco. Até o momento, foram identificados 842 registros de ocorrências ilícitas formalizados pelos clientes na instituição financeira.
São investigados os crimes de organização criminosa, furto qualificado mediante fraude em ambiente cibernético, inserção de dados falsos em sistema de informações e lavagem de dinheiro.