A Polícia Militar anunciou, na sexta-feira 1º, que irá suspender a Operação Verão, neste fim de semana, na Baixada Santista, em Santos (SP). A ação no litoral paulista foi decorrente do assassinato do soldado Samuel Wesley Cosmo, 35, em 2 de fevereiro. Ele integrava as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). O cabo José Silveira também morreu durante patrulhamento na região.
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A pausa na operação atende a uma solicitação da Justiça de Santos. É que neste sábado 2 e domingo 3, o governo municipal irá apresentar aos moradores da Vila dos Criadores propostas para urbanização do local.
“Oficie-se ao Comando de Policiamento do Interior 6 (6º BPMI), informando que, durante os dias 2 e 3 de março, serão realizadas oficinas no território da Vila dos Criadores, com os moradores, no âmbito dos trabalhos da Câmara Judicial, instaurada por este Juízo”, afirma o despacho da juíza Fernanda Menna Pinto Peres, de 22 de fevereiro.
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No ofício, a magistrada afirma que a interrupção é necessária para garantir a segurança n evento de moradores, representantes de secretários municipais, da Defensoria Pública, Ministério Público, advogados, servidores públicos municipais e outros integrantes da câmara judicial.
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Coordenador operacional da Polícia Militar (PM), o coronel Gentil Epaminondas de Carvalho Junior encaminhou um ofício à magistrada no qual informou que cumprirá a orientação. O coronel avisou, contudo, que irá manter o policiamento na região.
Diz o documento da PM:
“O policiamento ostensivo preventivo territorial, executado pela 5ª Cia PM do 6º Batalhão de Polícia Militar do Interior, bem como eventuais solicitações 190 na localidade serão atendidas dentro da normalidade e na conformidade dos preceitos constitucionais inerentes às competências da Polícia Militar do Estado de São Paulo, como baluarte da preservação da ordem pública a todos os moradores e turistas do litoral Paulista.”
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Interromper o trabalho da polícia para uma “Oficina”.
Só faltava essa.
Acho que na realidade é tempo para os bandidos se reorganizarem…
Não seria mais razoável se os administradores públicos adiassem por um tempo essas oficinas ou consultassem as estatísticas do IBGE ou as do poder municipal? Imagine se essa moda pega em Mossoró…