'Precisamos urgentemente expulsar a Enel daqui', diz deputado que presidiu CPI do Apagão em SP

Thiago Auricchio, deputado estadual pelo Partido Liberal (PL) de São Paulo, interpelou a Enel, empresa responsável pela distribuição de energia no Estado paulista, nesta segunda-feira, 14. Na noite da última sexta-feira, 11, uma forte chuva atingiu a Grande São Paulo e deixou milhares de pessoas sem luz.

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O parlamentar presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Nas redes sociais, o político exigiu melhor atendimento da empresa italiana aos cidadãos.

“Durante a CPI da Enel, que presidi, ficou comprovado mais de uma vez que a empresa não tem capacidade para prestar um serviço minimamente decente em São Paulo”, afirmou Auricchio. “Oficiamos a Aneel para que adote uma postura mais rígida. Precisamos urgentemente expulsar a Enel daqui. Chega de descaso!”

Com presidência do deputado do PL, a CPI do Apagão na Alesp chegou ao fim em dezembro do ano passado. No relatório final, a comissão afirmou que a Enel cometeu irregularidades no fornecimento de energia elétrica no Estado.

Em novembro, um fato inusitado ocorreu durante sessão da CPI. Os trabalhos dos deputados foram interrompidos por causa de um apagão.

A Enel Distribuição São Paulo informou que 760 mil clientes ficaram sem energia até o começo da tarde do último domingo, 13.

Desse número, cerca de 496 mil residências estão na capital paulista. Além disso, outras 62 mil casas estão em Cotia. São Bernardo do Campo (47 mil casas sem luz) e Taboão da Serra (44 mil) apareceram logo atrás como as cidades mais afetadas pelo atual apagão.

Na capital paulista, os bairros mais afetados foram Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís. Em comunicado, a companhia afirmou que 1,3 milhão de pessoas tiveram o serviço normalizado antes das 14h30 no domingo.

Presidente da Enel diz que não há previsão para retomada total de energia

Ainda no último sábado, 12, o presidente da Enel Distribuição São Paulo, Guilherme Lencastre, disse que não há previsão para a retomada total do serviço na Grande São Paulo. O executivo também afirmou que não quer criar expectativas frustradas nos cidadãos.

“Não é questão de não saber e de não passar”, disse Lencastre. “A gente tem consciência do transtorno causado por eventos como esse e sabemos da nossa responsabilidade. Vamos trabalhar de forma incansável para reconectar todos os nossos clientes.”

O presidente também afirmou que a empresa disponibilizou 500 geradores para atender hospitais e estabelecimentos nas regiões afetadas. Além disso, informou que dois helicópteros estão em operação para identificar eventuais problemas nas linhas de transmissão.