O prédio em construção de sete andares que desabou na zona norte de São Paulo (SP), nesta quinta-feira, 13, deveria ter apenas dois pavimentos além do térreo. O acidente feriu duas pessoas.
Segundo a prefeitura, equipes da subprefeitura Casa Verde Cachoeirinha embargaram a obra em 24 de janeiro de 2025, em razão de desvirtuamento do alvará de aprovação e execução de obra nova.
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Documentos obtidos pelo jornal Folha de S.Paulo mostram que o Alvará de Aprovação e Execução de Edificação Nova previa um prédio com garagem no subsolo, térreo e dois pavimentos. No total, seriam 30 unidades habitacionais.
Quem solicitou o alvará à prefeitura foi Robson Pereira de Souza, proprietário da Residencial Recanto ME. A empresa era a responsável pela construção e pela comercialização dos apartamentos.
Investigações em SP
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O Executivo de São Paulo aplicou duas multas, no valor de R$ 3,1 milhões, ao proprietário e ao engenheiro responsável técnico, Antonio Ricardo Ribeiro Júnior.
À Folha, Robson confirmou ser o responsável pelo edifício que desabou e, orientado por seu advogado, preferiu não conceder entrevistas. As unidades eram direcionadas a famílias de baixa renda, dentro de programas de habitação de interesse social e mercado popular.
Um edifício em construção desabou na Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de São Paulo, nesta quinta-feira, 13. O incidente deixou pelo menos duas pessoas feridas. pic.twitter.com/fBq8cb6bpt
— Revista Oeste (@revistaoeste) February 13, 2025
A Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital moveu uma ação civil pública contra o município, em que alegou negligência na fiscalização de políticas habitacionais. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP) investiga a responsabilidade técnica do engenheiro responsável, que possui registro ativo e regular.
“O Conselho vai notificar o profissional para apresentação da documentação relativa à obra”, declarou o Crea-SP. O órgão iniciou um processo administrativo preliminar para averiguar possíveis infrações à legislação profissional.
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Vizinhos afirmaram que a construção começou há cerca de seis meses. No desabamento, as equipes de bombeiros e da Defesa Civil atenderam duas vítimas. Um homem foi levado ao Pronto-Socorro do Mandaqui, enquanto a outra vítima sofreu ferimentos leves e dispensou atendimento.
Não consigo acreditar que um engenheiro responsável pela Obra deixasse construir um imóvel com oito andares à mais do que o autorizado.
Este engenheiro deveria ser preso junto com o dono do empreendimento.
SEM FIANÇA…!
Se fôssemos um país sério, o vagabundo, responsável por esta obra, seria devidamente preso com rigor.
Mas por aqui, na casa da Maria Joana, não acontecerá nada…
Ainda bem que caiu agora, se caisse depois de vendidas muitas pessoas poderiam ter morrido e passariam anos na justiça tentando reaver os valores.