O Procon do Estado de São Paulo vai notificar a Netflix sobre a nova política de cobrar uma taxa adicional mensal de R$ 12,90 pelo compartilhamento de senhas com pessoas fora da residência. Desde a quarta-feira 24, a plataforma começou a comunicar os usuários sobre a cobrança do ponto extra, caso os perfis continuem sendo utilizados fora do endereço principal, registrado na conta.
Em nota, o Procon-SP informou que pretende “entender o que, de fato, a Netflix está anunciando aos seus assinantes; se, efetivamente a empresa está adotando um novo critério de cobrança e como funcionará este eventual novo sistema de acesso, além de outras informações relacionadas, para que seja possível analisar, com base em dados concretos, eventuais infrações ao Código de Defesa do Consumidor”.
De acordo com a Netflix, o titular da conta deverá transferir o perfil utilizado por outra pessoa, e essa pessoa deverá arcar com uma nova assinatura ou desativar os perfis usados em outros endereços. Ainda segundo a empresa, a nova exigência não vai impedir que os usuários utilizem o serviço na rua ou enquanto viajam. “A conta Netflix deve ser usada por uma única residência. Todas as pessoas que moram nesta mesma residência podem usar a Netflix onde quiserem, seja em casa, na rua, seja enquanto viajam”, informou a plataforma.
Em abril de 2022, a Netflix reportou uma perda de 200 mil assinantes entre janeiro e março daquele ano. Segundo a Bloomberg, em balanços trimestrais, foi a primeira vez que a empresa de streaming registrou resultado negativo nesse quesito desde 2011.
A queda foi atribuída ao aumento da competição no segmento e à dificuldade de elevar o número de pagantes em razão de senhas compartilhadas. A empresa estima que 100 milhões de usuários usam o compartilhamento de senhas.
A cobrança adicional por uso da senha fora do endereço está sendo testada pela Netflix desde agosto de 2022 e estava sendo aplicada em países como Honduras, Costa Rica, Chile e Peru. Recentemente, a cobrança da taxa extra passou a ser feita no Canadá, na Espanha, em Portugal e na Nova Zelândia.
No Japão esse sistema já é aplicado há um bom tempo.
Se eu tenho o serviço e tenho direito a 5 usuários, e estiver fora de casa por exemplo, na casa de meu pai, usando meu ipad ou celular, mas no meu perfil, terei que pagar adicional, não?
O Procon a serviço dos ‘Gerson’s’ brasileiros, aqueles que querem levar vantagem em tudo. Fiscalizar preços abusivos é sempre uma atuação bem vinda de qualquer órgão público, agora agir em defesa dos espertos para agradar e ‘fazer política da boa vizinhança’ não pode ser aceito. Conheço um bando de ‘Gerson’s’ que VENDEM o sinal dos streaming para mais de 10 pessoas em endereços diversos, até em outros estados. Possuem cadastro com vários ‘cientes’ utilizando o mesmo login. Não se trata de famílias, pais ou irmãos dividindo a despesa, são oportunistas ganhando dinheiro explorando um serviço que não lhes pertence. Procon, vá fiscalizar realmente os exploradores de consumidores.