O Ministério Público do Trabalho (MTP) ajuizou uma ação pública civil contra o empresário Saul Klein, herdeiro das Casas Bahia. O MTP pede ao empresário uma indenização de R$ 80 milhões por danos morais coletivos. Samuel Klein (1923-2014), fundador da varejista e pai de Saul Klein, também foi acusado de pedofilia e aliciamento de menores.
Durante dois anos, Saul estava sendo investigado por manter um esquema de tráfico de pessoas em condições análogas à escravidão, e por exploração sexual. As vítimas seriam jovens entre 16 e 18 anos que participavam de eventos no sítio do empresário, em Boituva, em São Paulo.
As jovens viviam em situação de vulnerabilidade econômica e social. Elas eram convidadas a participar de eventos em “presença vip” como modelo, tirando fotos para campanhas de biquíni. Contudo, segundo as investigações, as meninas eram inseridas em um esquema criminoso de prostituição.
“Algumas vítimas relatam que ficavam mais de 24 horas trancadas num quarto com o réu, e eram dominadas sexualmente a qualquer hora do dia”, relatou, na quarta-feira 19, o procurador Gustavo Accioly, que assinou a Ação Civil Pública, em conjunto com as procuradoras Tatiana Leal Bivar Simonetti e Christiane Vieira Nogueira.
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Em entrevista ao portal G1, a defesa do empresário disse que ele era vítima de um esquema de extorsão, e que os denunciantes teriam falsificado documentos, inclusive sua própria assinatura. Além disso, que os advogados ficaram sabendo da informação por meio de jornalistas, sem notificações judiciais do MTP.
Em 2020, surgiram denúncias de estupro, tráfico de pessoas e favorecimento de prostituição de 14 mulheres, contra Saul. Desse modo, o MPT começou a investigar o herdeiro das Casas Bahia. Conforme o processo, as vítimas ficavam durante dias ou semanas no sítio do empresário, sem contato com nada ou ninguém do mundo externo.
O local ainda era vigiado diariamente por seguranças armados, para que as jovens não fugissem. Conforme os procuradores, a residência era cercada com muros altos e pessoas de confiança de Saul organizavam as atividades das vítimas.
A investigação classificou o caso como grave, e ainda definiu que “os corpos das vítimas foram tratados como mercadoria ou moeda de troca para proveito dos exploradores, violando gravemente os direitos humanos das vítimas, especialmente a liberdade, direito sexual, e dignidade”.
O valor da indenização considerou o patrimônio do empresário e seu poder econômico, além do nível das acusações. O pagamento vai ser destinado ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ou a “outra destinação socialmente relevante”.
Inquérito policial contra Saul Klein
Além da ação do MTP, existe um inquérito policial contra o herdeiro conduzido pela Delegacia de Defesa da Mulher de Barueri. Em abril deste ano, a delegacia pediu a prisão preventiva de Saul por crimes sexuais, mas a solicitação não foi aceita pela Justiça. Na época, a defesa do empresário declarou que ele era inocente.
A decisão da Justiça tomou como base o fundamento que proíbe a prisão por tempo indeterminado, visto que não existe ainda um prazo definido para a conclusão das investigações indicadas pela promotoria. O caso é mantido em segredo de Justiça. O inquérito policial já passou por quatro delegados.
Leia também: “As acusações póstumas contra Samuel Klein” artigo de Branca Nunes publicado na Edição 58 da Revista Oeste.
Não acredito muito nesta história. Primeiro, o que o MTP tem a ver com prostituição? Segundo, um cara com a tarimba dele não se aventuraria num esquema tão amador. Deve ter dado uma festinha e caido num esquema de extorsão. Existem redes especializadas nisto.
É o papi da Amanda Klein, aquela “jornalista” lulista.