O promotor Francisco Santiago, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), virou alvo de denúncia depois de proferir comentários ofensivos durante uma audiência, quando chamou a advogada crimininalista Sarah Quinetti Pironi de “galinha garnizé” e “histérica”, e insinuou que ela estaria fazendo um “striptease” no tribunal.
O incidente ocorreu durante um embate entre Santiago e Pironi no Tribunal do Júri em Belo Horizonte, na terça-feira, 26, em meio ao julgamento de um caso de homicídio.
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Após ser ofendida, Pironi começou a gravar sua indignação com um celular. No vídeo, ela pede ao promotor que repita as agressões verbais anteriores.
A sessão foi cancelada pela juíza Marcela Oliveira Decat de Moura e remarcada para junho.
A denúncia contra o promotor foi protocolada pelos conselheiros Rodrigo Badaró e Rogério Varela, que representam a categoria da advocacia no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), e encaminhada ao corregedor geral nacional do MP, Ângelo Fabiano Farias da Costa.
“Ao invés de utilizar suas prerrogativas funcionais e o tempo da acusação para convencer os jurados, o promotor de Justiça optou voluntariamente por dirigir ofensas à advogada”, alegam os dois advogados em sua denúncia.
Badaró e Varela pediram à Corregedoria que afaste Santiago de suas funções de promotor enquanto as apurações estiverem em curso. O CNMP ainda não informou sobre o progresso da representação.
Advogada diz que vai processar o promotor
Pironi contou que também pretende processar o promotor. Ela revelou ter chegado motivada ao tribunal no dia do episódio, porque seria sua primeira audiência com Santiago, a quem afirmou ser um promotor respeitado no meio.
“Como advogada, achei que seria um dia proveitoso e de muito aprendizado, pois se tratava de um promotor renomado”, disse. “Cheguei a cumprimentá-lo no início, disse que estava feliz por ser o meu primeiro julgamento ao lado dele como promotor, mas foi um verdadeiro desastre para mim. Me senti triste, abalada e desmoralizada.”
Está mais do que na hora de investigar o Judiciário no Brasil. A aberração mor está no STF, mas os vícios e privilégios se espalham pelo país.
Onde é que juiz corrupto é aposentado compulsoriamente com todos os ganhos preservados? Que punição é essa?
Muito regalia para pouco retorno, sem contar a falta de foco desses promotores que ao invés de defender os interesses da população, se aliam aos modismo ideológicos, ao politicamente correto (nada além de censura àqueles que pensam diferente) e adotam essa ignóbil agenda woke.