PT-DF afasta vice-presidente preso suspeito de abuso de menores

O diretório do Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal (PT-DF) decidiu afastar o vice-presidente Wilmar Lacerda, preso pela Polícia Civil nesta quinta-feira, 24. Lacerda é investigado por violência sexual contra adolescentes.

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Em curta nota divulgada nas redes sociais, a legenda pede que o político possa exercer o “direito de defesa nas instâncias competentes”.

“O Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal informa que Wilmar Lacerda está afastado cautelarmente do Partido, até que se esclareçam os graves fatos noticiados pela imprensa na noite de 24/10, garantindo a ele o exercício do direito de defesa nas instâncias competentes.”

Em outro post, a ala Juventude do PT-DF pediu a expulsão de Lacerda por atitudes que não condizem com “as bandeiras históricas” do partido. “Os avanços que conquistamos em nossos governos e enquanto sociedade devem ser preservados e ampliados; portanto, tais atitudes precisam ser condenadas, investigadas e combatidas sumariamente.”

Entenda o caso do vice presidente do PT-DF, Wilmar Lacerda

A prisão preventiva de Wilmar Lacerda foi decretada pela Vara Criminal da região do Itapoã em razão de investigações da Delegacia de Proteção à Criança a ao Adolescente (DPCA). Três policiais abordaram Lacerda na Asa Sul e apreenderam o celular do político.

Lacerda está na carceragem da Polícia Civil, e o processo tramita em segredo de Justiça. Sua defesa alega que a prisão se baseia em “equivocadas premissas e em fantasiosas deduções elásticas” e afirma, ainda, que ele coopera com as autoridades.

PT o suspendeu cautelarmente do partido até que os fatos sejam esclarecidos | Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Wilmar Lacerda já foi suplente do senador Cristovam Buarque e chefe de gabinete da liderança do PT no Senado. O empresário é suspeito de aliciar várias adolescentes, especialmente entre 12 e 13 anos, e abusar delas. Uma vítima de 16 anos afirmou que ele abusa dela desde os 13 anos.

A polícia descobriu também que ele promovia festas em uma chácara, nas quais ele oferecia presentes às meninas. Depois de tentar fugir, sua prisão preventiva foi decretada. Ele também é suspeito de pagar às vítimas por sexo, com recompensas de até R$ 1 mil para meninas virgens.

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