A passageira Rosana Santos Xavier, 23, enviou mensagens à família relatando medo pouco antes do acidente com o avião da Voepass em Vinhedo, que matou 62 pessoas nesta sexta-feira, 9.
Em mensagem enviada logo depois do embarque, Rosana disse que estava com medo voo. “Que medo desse voo, juro”, esceveu em um grupo de WhatsApp com familiares. “Avião velho, tem uma poltrona quebrada… Caos.”
A mãe de Rosana, Rosemeire dos Santos Xavier, disse ter tentado tranquilizar a filha, e sugeriu que ela esse um salmo da Bíblia.
Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Rosemeire contou que teve um pressentimento ruim e que descobriu o acidente pela televisão. “Eu entrei em desespero”, afirmou. “Comecei a correr dentro de casa gritando.”
Rosana estava em viagem a trabalho no Paraná, onde ia a cada dois meses para reuniões presenciais. Residente de Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo, ela contribuía com as finanças da família.
“Ela ajudava nas compras de casa e tinha comprado o carrinho dela”, disse a mãe da vítima. “Tudo que ela tinha era para mim, para o meu marido, para as minhas meninas. Ela só pensava em nós. O dinheiro dela era para ajudar em casa.”
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A empresa para a qual Rosana trabalhava está localizada em Toledo (PR).
Corpos das vítimas estavam ‘como se estivessem sentados’ no avião
O porta-voz do Corpo de Bombeiros, Maycom Cristo, relatou neste sábado, 10, o trabalho de retirada e de identificação dos corpos do avião que caiu em Vinhedo.
A jornalistas, Cristo disse que as vítimas estavam “como se estivessem sentadas” nas mesmas fileiras do avião, apesar do impacto da queda.
Um avião bimotor de passageiros caiu em uma área residencial no bairro Capela, em Vinhedo (SP), no início da tarde desta sexta-feira, 9.
— Revista Oeste (@revistaoeste) August 9, 2024
A Polícia Militar informou que foi acionada às 13h28 para atender à ocorrência na Rua João Edueta, próxima à Rodovia Miguel Melhado de Campos… pic.twitter.com/QQwgWr8qg0
“Todos os corpos estão como se estivessem sentados nos seus respectivos assentos”, disse o porta-voz em vídeo divulgado pelo portal Metrópoles. “Lógico que tem a dinâmica da queda, do movimento quando bate no solo, mas as vítimas estão dentro desse perímetro da aeronave, não tem corpos ejetados.”
Vindo de Cascavel, no Paraná, o avião caiu na tarde de sexta-feira em um condomínio residencial no bairro Capela, no interior de São Paulo. Este é o maior acidente aéreo do Brasil em número de vítimas desde 2007.
17 anos sem acidente aéreo em grandes proporções. Uma tragedia que talvez poderia ter sido evitada se as companhias tivessem mais apreço pela vida humana e não pelos lucros.
pelo jeito teremos que criar (se é que ja nao existe) um orgão fiscalizador das condições físicas das aeronaves em operação. Não é possível um avião voar com um assento em péssimas condições de uso. Se as companhias nao tem competência para gerir as aeronaves, que deem lugar a quem tem condições para tal.
Muito triste