Queimadas na região da Amazônia são responsáveis pela neblina de fumaça que atinge, há vários dias, diversas cidades do Rio Grande do Sul.
Conforme a MetSul, empresa gaúcha especializada em meteorologia, a fumaça tem como origem a Região Amazônica. Pantanal Mato-Grossense e países vizinhos ao Brasil, como a Bolívia, também contribuem com a poluição.
A fumaça migra do norte ao sul do país por meio de correntes de ar quente e, assim, formam uma espécie de rio atmosférico.
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Diante dessa situação, tem sido comum a população de Porto Alegre conviver com uma densa camada cinza no céu, que reduz a visibilidade em dias ensolarados.
Queimadas prejudicam qualidade do ar em Manaus
Outro Estado afetado pelas queimadas é o próprio Amazonas. Desde o começo de agosto, a capital, Manaus, tem sido parcialmente coberta por fumaça.
Os níveis de qualidade do ar oscilam entre “ruim” e “muito ruim”, conforme com avaliação do Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental.
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Imagens de satélite divulgadas pelo serviço de monitoramento atmosférico do Programa de Observação da Terra da União Europeia demonstram um significativo volume de fumaça em circulação por toda a América do Sul.
O motivo seria o início antecipado das queimadas sazonais no Brasil e na Bolívia. Os registros indicam a existência de vapor resultante do fogo na Amazônia e de incêndios no Pantanal, com reflexos no Sul e no Sudeste do país.
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Número de queimadas na Amazônia bate recorde e fumaça se espalha
De janeiro a julho, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve 4,6 mil focos de incêndio.
Esse número é 11% superior aos 4,2 mil registrados no mesmo período de 2020. Até então, esse era o índice mais elevado para o período.
Na Região Norte, o número de queimadas na Amazônia, em julho, bateu o recorde em duas décadas, informa o Inpe.
O governo federal diz ter destinado 890 profissionais para ajudar no combate às queimadas. Esse contingente inclui funcionários de várias áreas, principalmente, das Forças Armadas, Força Nacional de Segurança Pública e Polícia Federal.
A iniciativa conta com o apoio de 15 aeronaves e 33 embarcações e faz parte de um crédito extraordinário para o combate ao incêndio no valor de R$ 137 milhões.