O empresário Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, desistiu de ser indicado para o Conselho de Administração da Petrobras. A decisão foi anunciada horas depois de o clube perder para o Fluminense o título do campeonato estadual de futebol do Rio de Janeiro neste sábado, 02. Ele enviou uma carta ao ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, comunicando suas razões.
A indicação de Landim para o cargo era conhecida há algum tempo, e foi anunciada formalmente na segunda-feira passada, 28, junto com a nomeação do economista Adriano Pires, especialista em óleo e gás, para ser o presidente da Petrobras, no lugar do general Joaquim Silva e Luna.
O general foi afastado ao fim do seu mandato por determinação do presidente Jair Bolsonaro, por causa de atritos na política de preços da companhia e de um reajuste com o qual o governo não contava, no momento em que aguardava a aprovação pelo Congresso Nacional de medidas tributárias para controlar a alta dos combustíveis.
Landim optou por permanecer no Flamengo devido a uma série de pressões e resistências dentro da própria Petrobras. Ele seria confirmado como presidente do Conselho de Administração na Assembleia Geral marcada para 13 de abril. Tanto seu nome quanto o de Adriano Pires passariam facilmente, já que a União é acionista majoritária da empresa.
Algumas exigências internas o incomodaram, levando-o a prever que seria muito difícil implantar suas ideias no sentido de tornar a Petrobras mais ágil e saneada com vistas a uma futura privatização. “É um leviatã incontrolável”, costuma comentar, referindo-se a um peixe ou serpente marinha grande e feroz, um ser mitológico associado ao mal, citado no Antigo Testamento e com sentido atualizado no século 17 pelo filósofo inglês Thomas Hobbes na obra chamada justamente Leviatã, que compara o poder absoluto a um monstro.
As dificuldades internas enfrentadas por Landim chegaram ao ponto de tocar em pontos de sua vida pessoal. Ele tem uma empresa com amigos com o objetivo de manter um plano de saúde específico para grupos de pessoas, que conseguem mais benefícios ao se organizar nesse modelo. Chegou a ele a recomendação de isso poderia ser considerado incorreto porque algumas das pessoas no grupo tinham atuação no setor de óleo e gás.
Uma vez Flamengo, adeus Petrobras
Rodolfo Landim tem 65 anos, é formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, tem pós-graduação em Engenharia de Petróleo pela Petrobras e em Administração de Negócios pela Universidade de Harvard, nos EUA. Trabalhou na Petrobras durante 26 anos (1980 a 2006). Depois foi presidente do Conselho de Administração e CEO da Ouro Preto Óleo e Gás S.A.
Landim deixou claro que desistiu da presidência do Conselho de Administração da Petrobras porque, neste momento, lhe parece mais importante cuidar dos problemas do Flamengo. Ele foi eleito presidente do clube em 2019 e se reelegeu para mais um mandato de três anos no fim do ano passado. No sábado, 2, o time empatou com o Fluminense por 1 a 1 e perdeu o título do campeonato estadual de futebol do Rio (na primeira partida da decisão, o Fluminense havia vencido por 2 a 0).
Dirigindo-se ao torcedor, numa mensagem postada no site do Flamengo, escreveu: “Resolvi abrir mão desta indicação [para ser conselheiro da Petrobras], concentrando todo meu tempo e dedicação para o ainda maior fortalecimento do nosso Flamengo”.
“Encaminhei ao exmo. ministro de Minas e Energia, sr. Bento Albuquerque, um documento com esta posição, deixando claro meu agradecimento pelo convite e relatando minha preocupação em não conseguir, dada a dedicação que as duas instituições demandariam nesse momento, exercer ambas as funções com a excelência por mim desejada e à altura que a Petrobras e o Flamengo merecem”.
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No Flamengo é mais fácil…. Somente os dirigentes estão de olho, então… No Conselho da Petrobrás, são muitos olhos… Governo, acionistas, mercado e… o povo! Melhor ficar onde terei um pouco menos de dor de cabeça e muiito mais dinheiro…
Os agentes colaboradores da quadrilha petista instalada nessa companhia, com alguma expectativa de vitória nas próximas eleições, no que eu duvido, mas enfim… esses elementos estão especialmente agitados nesse período pré-eleitoral, talvez seja esse um dos motivos de tamanha resistência encontrada à sua indicação, suponho.
FUP/CUT venceram, mais uma vez.
Sorte da Petrobras, esse cara é pé frio.
Melhor seria que Bolsonaro em quem votarei neste ano, voltasse a colocar o gal. Luna que ele elogiou pelo excelente trabalho que fez no saneamento da ITAIPU BINACIONAL. Bolsonaro nesse assunto Petrobras tem que se afastar desses desonestos políticos como Pacheco e Lira que ficaram horrorizados com o aumento de preços da Petrobras e sequer sabem ler o site da Petrobras e ver que o preço médio da gasolina comum nas bombas com esse aumento foi para R$7,27 e a Petrobras só recebe R$2,81. Mas o ICMS dos governadores recebe R$1,75 e a Dist/Rev. R$1,04 que somados R$2,79 sem nada PRODUZIR, são praticamente o valor de quem PRODUZ que é a PETROBRAS. Bolsonaro, coloque o gal. LUNA de volta.
Fato!!!