A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo registrou o maior número de transplantes dos últimos seis anos. Conforme a secretaria, mais de 7 mil processos foram realizados.
Em nota, a secretaria informou que o balanço anual mostra um aumento de 7%, em relação aos transplantes feitos no mesmo período de 2022. Os transplantes mais numerosos foram os de córnea e os de rim.
Comparado ao ano passado, o número de recusas familiares à doação de órgãos caiu 6,5%. No entanto, a quantidade de doadores foi a maior dos últimos três anos.
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Em 2023, o governo de São Paulo investiu em campanha de conscientização acerca da importância da doação de órgãos, o que impactou no aumento dos transplantes.
O coordenador da Central de Transplantes, Francisco de Assis Monteiro, destacou que, com a companha, “foi possível salvar muitas vidas e oferecer qualidade de vida a muitos pacientes que saíram da lista de espera”.
Embora São Paulo tenha registrado mais transplantes, fila de espera é grande
Mesmo com o aumento no número de transplantes, quase 22 mil pessoas ainda aguardam por um órgão em São Paulo. Atualmente, os órgãos com maior requisito são rins e córneas.
A secretaria relatou que, em média, quase 40% das famílias consultadas negaram a doação, o que impede a realização do procedimento, uma vez que a doação de órgãos deve ser consentida e autorizada por familiares de até segundo grau de parentesco.
Até novembro, 126 transplantes do coração foram realizados em São Paulo: 601 de fígado, 2,5 mil de rim e 4,8 mil de córnea, bem como transplantes de pulmão e pâncreas.
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O maior crescimento havia sido registrado entre os procedimentos hepáticos, que tiveram aumento de 20%, seguido pelo crescimento em transplantes cardíacos, que registraram alta de 17,8%, em relação ao mesmo período de 2022.
Como a doação é realizada
De acordo com a Secretaria da Saúde, a Central de Transplantes segue normas estabelecidas por lei para identificar os possíveis receptores de cada órgão de um doador.
Alguns pontos analisados são: tipagem sanguínea, dados antropométricos (medida das dimensões físicas de uma pessoa) entre doador e receptor, compatibilidade genética e a priorização a pacientes em estado grave.
Estêvão Junior é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob a supervisão de Edilson Salgueiro.