Professores de 62 instituições de ensino superior continuam em greve desde abril, apesar de um acordo de reajuste salarial assinado pelo governo federal em 27 de maio último. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) informou nesta quinta-feira, 6, que 55 universidades, cinco institutos e dois centros federais de educação permanecem paralisados.
O acordo assinado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme relata o Poder360, determinava aumento salarial dos professores federais. A medida estabelecia um aumento de 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026.
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A assinatura do acordo foi realizada em conjunto com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Proifes). O impacto orçamentário será, se o acordo for cumprido, de R$ 6,2 bilhões. No entanto, o sindicato exige outro aumento salarial de 7,06% ainda em 2024.
Em 29 de maio, o acordo entre o governo e a Proifes foi suspenso pela 3ª Vara da Justiça Federal de Sergipe, depois de ação movida pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (Adufs). Na quarta-feira, 5, professores da UFMG aceitaram o fim da greve, enquanto na UnB a paralisação continua.
Paralisação engloba instituições por todo o país
Entre as universidades ainda em greve estão a Universidade Federal de São Paulo; Universidade Federal da Bahia; Universidade Federal do ABC; Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; Universidade Federal Fluminense; Universidade Federal do Maranhão; Universidade Federal do Sergipe: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e Universidade Federal da Integração Latino-Americana.
Entre os institutos federais em greve estão o Instituto Federal do Sul de Minas Gerais; o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul; o Instituto Federal do Piauí e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste-MG.
Também o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais e o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca aderiram à paralisação.