Na sexta-feira 8, o tenente Abraão Taveira, da Polícia Militar (PM) de Alagoas, morreu depois de se afogar em um treino para “administração de pânico” em um curso de manejo de cães no Distrito Federal.
Taveira tinha 39 anos e se afogou em 30 de agosto no Curso Operacional de Cinotecnia da PM do Distrito Federal. O policial teve uma parada cardíaca e passou dez dias internado no Hospital de Base de Brasília.
A PM do Distrito Federal disse, em nota, que o tenente “passou mal e foi imediatamente socorrido pela equipe de apoio do local”.
Morte de tenente em “treino de pânico” está sendo investigada
A nota da PMDF diz ainda que o caso está sendo investigado e que mais informações seriam repassadas quando os “resultados dos exames forem apresentados”.
A 1ª Delegacia de Polícia da Asa Sul, da Polícia Civil, está investigando o caso. Há ainda mais três investigações com inquéritos abertos pelas PMs de Alagoas, do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros do DF, que era a sede do curso.
Durante o treinamento para administrar o pânico, o tenente estava com os colegas em uma manilha cheia de água, que ele deveria ter atravessado. O PM de Alagoas era comandante do Canil do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Leiatambém
O incidente com o Abraão Taveira causou indignação na PM e nas autoridades de Alagoas. Elas cobram apuração mais rígida do que aconteceu e estão acompanhando a investigação de perto, segundo o portal Uol.
Elas suspeitam que os instrutores do curso podem ter agido com imperícia e negligência, ao demorar a prestar socorro para o tenente. Isso porque o PM tinha água nos pulmões, conforme os boletins médicos apontaram. Ele esperou cerca de 30 minutos pela chegada de uma ambulância.
Uma comitiva de Alagoas foi até o Distrito Federal na sexta-feira 1, e se reuniu com os comandos militares de Brasília. A Secretaria de Segurança Pública de Alagoas nomeou um grupo de trabalho para observar as investigações, que estão sendo realizadas em Brasília.