Nesta semana, o Rio Grande do Sul foi palco de uma tragédia sem precedentes: 57 pessoas morreram, em decorrência das chuvas intensas qua tingem o Estado. As tempestades também deixaram um rastro de destruição em infraestruturas básicas, o que afetou milhares de gaúchos.
A Defesa Civil do Estado atualizou neste sábado, 4, os números da tragédia. Há falta de abastecimento de água em 860.952 residências, o que corresponde a 14% dos lares servidos pela Corsan. A situação afeta 281 municípios de alguma forma, conforme o governo local.
O Estado enfrenta uma falta generalizada de energia elétrica, com 350 mil imóveis às escuras. A RGE Sul, que atende 296 mil desses endereços, afirma que 7,6% de seus clientes estão sem eletricidade. Já a CEEE Equatorial, responsável por 54 mil pontos, reportou que 2,8% dos domicílios atendidos estão impactados.
O cenário educacional também sofreu severamente, com a suspensão das atividades em todas as 2.338 escolas estaduais. Isso afetou quase 200 mil estudantes. Deste total, 224 unidades escolares apresentam danos estruturais, e 30 escolas estão sendo utilizadas como abrigos temporários para as 8.296 pessoas desabrigadas.
Chuvas intensas no Rio Grande do Sul afetam a infraestrutura local
A infraestrutura de comunicação não foi poupada, com a interrupção dos serviços de telefonia e internet em várias localidades.
A TIM relatou problemas em 63 municípios, enquanto a Vivo e a Claro enfrentam dificuldades em 46 e 19 cidades, respectivamente.
A malha viária do Estado também sofreu, com 128 trechos de 68 estradas bloqueados total ou parcialmente — incluindo 25 rodovias com pontes desmoronadas, danificadas ou interditadas devido à elevação dos rios.
Alerta em Porto Alegre
A crise foi acentuada pelo Lago Guaíba, em Porto Alegre, que na madrugada de sexta-feira 3 alcançou seu maior nível desde 1941, atingindo 4,23 metros no cais Mauá. Hoje, ultrapassou os 5 metros. Esse marco supera significativamente os níveis de alerta e inundação estabelecidos para a região.
Como resultado, foi emitido um alerta de evacuação para moradores e trabalhadores do centro histórico, uma área densamente povoada e com intensa atividade comercial.
A tragédia se espalha
Além de devastar o Rio Grande do Sul, as chuvas se estenderam a Santa Catarina e ao Paraná. Mais três mortes foram registradas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê a continuação das chuvas, com possibilidade de acumulação de até 100 mm em 24 horas e ventos que podem alcançar 100 km/h. Esse cenário agrava a situação já crítica enfrentada por esses Estados.
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