Em 1 de março, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, afastou um juiz que comprou carros de luxo em leilões da Justiça para revender.
A situação veio à tona quando o próprio magistrado entrou com uma ação no Foro Cível contra um engenheiro mecânico, que seria seu sócio em uma empresa estabelecida para intermediar a venda de veículos usados.
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De acordo com a Lei Orgânica da Magistratura, juízes não podem se envolver em atos de comércio. Diante dos fatos, o TRT4 decidiu que o magistrado deverá cumprir a pena de aposentadoria compulsória pela contravenção cometida.
A medida só será aplicada quando se esgotarem as possibilidades de recurso na ação penal. O contraventor é o juiz trabalhista Guilherme da Rocha Zambrano, que recorreu da decisão do Tribunal.
Segundo informações publicadas no portal G1 neste domingo, 17, a reportagem procurou o advogado Amir Sarti, que representa o magistrado, mas não recebeu retorno.
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Um dos leilões foi promovido pela Vara do Trabalho de Sapiranga em março de 2022. O juiz arrematou uma caminhonete Land Rover Evoque, modelo 2012/2013, por R$ 98 mil.
Segundo o TRT4, Zambrano também participou de outros leilões na mesma época, adquirindo um Audi A5 para a esposa, cedendo um Toyota Corolla para o irmão e um Nissan Frontier para a tia.
“Verifica-se que os veículos foram adquiridos pelo Magistrado para venda, sem o que a sociedade não se capitalizaria, tampouco cumpriria seu objeto social, que envolve a venda de veículos”, diz o relatório, assinado pela desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse.
Juiz há cerca de 17 anos, Zambrano foi afastado imediatamente do cargo por medidas cautelares, sem prejuízos ao vencimento, até a efetivação da aposentadoria compulsória.
Confirmada a aposentadoria, o juiz receberá vencimentos proporcionais ao tempo de serviço e contribuição. Um juiz trabalhista na ativa ganha R$ 37.731,80.
Como foi o julgamento do juiz?
O Órgão Especial do TRT4 concluiu que o juiz incorreu em atividades comerciais e se tornou sócio de um empreendimento, o que é proibido. Os veículos adquiridos foram incluídos como parte do capital social da sociedade na qual o juiz estava envolvido, configurando assim atividades comerciais, levando à sua aposentadoria compulsória.
Durante o processo, Zambrano argumentou que a compra do veículo foi para uso pessoal e não para a sociedade da qual fazia parte. Ele também foi punido por participar de leilões organizados pela Justiça do Trabalho e por utilizar um certificado digital em atividades privadas.
O juiz defendeu que não estava atuando na cidade onde o leilão ocorreu e, portanto, poderia participar desses eventos. No entanto, a relatora do caso sustentou que a autoridade dos magistrados se estende por toda a jurisdição do tribunal, não se limitando à comarca específica em que um juiz trabalha.
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Toda desgraça que está assolando a nossa pátria amada Brasil só os 80% dos cargos eletivos por aposta quando não são bandidos são canalhas tem 40 anos que eles estão nos roubando saúde educação moradia e segurança trabalho etc ????????
Deve ser petista
Aposentadoria compulsória é dar direito aos juizes de burlar a lei sem serem punidos.
Vai ficar sem trabalhar ganhando !8 mil mais penduricalhos, até morrer.
Vai com essa grana, participar de muito leilão, sua “especialidade jurídica”, sem ser molestado.
Vai arrebentar a boca do balão.
A justiça no Brasil é o maior lobby que existe no mundo…digo no mundo!!!! o camarada depois de longas análises por parte dos doutos magistrados e considerado culpado receberá a pena capital que reina no juizado: a aposentadoria compulsória……de quebra deverá sair ganhando em torno de R$ 20.000,00 ou mais porque ai tem os ajustes, penduricalhos etc…criem vergonha senhores do judiciário, o dinheiro do povo não é capim. Criem vergonha senhores do congresso que nada fazem para melhorar esse país….é uma vergonha……
Ja nao basta o prejuizo que essa justiça traz ao pais tem maus essa. Manda aprender os bens e compra nos leiloes. Triste Brasil
Triste justiça.
O trágico nisso tudo é a aposentadoria compulsória em que nós, pagadores de impostos vamos continuar pagando um juiz que cometeu crimes. Onde está a justiça nisso?