A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vem enfrentando uma grave crise. Além dos problemas estruturais, a instituição também tem tido dificuldades para arcar com as próprias contas. É o que revela uma reportagem do jornal O Globo publicada nesta quinta-feira, 15.
Depois de diversos cortes no orçamento, a reitoria da UFRJ informou que está em débito há seis meses com água, esgoto, telefonia, limpeza e luz. Desde março, a faculdade vem tentado negociar uma dívida de R$ 30 milhões que adquiriu com a concessionária Light e R$ 20 milhões com a Águas do Rio.
Segundo o jornal, a universidade chegou a pedir à 8ª Vara Federal uma tutela antecipada para que a concessionária não corte a energia do campus por falta de pagamento.
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“Nesses termos, tendo em vista a relevância dos serviços prestados pela requerente, inclusive no campo de atendimento à saúde (com risco à vida) […] defiro a tutela de urgência antecipada antecedente […] para determinar que a concessionária de serviço público, Light Serviços de Eletricidade S/A, não efetue a suspensão/corte de energia elétrica nas dependências da UFRJ”, diz um trecho da decisão, assinada pelo juiz federal José Arthur Diniz Borges, em 12 de agosto.
Outras áreas da UFRJ podem ficar sem energia
Com isso, várias outras áreas da universidade ficaram com risco de ter corte de luz, entre elas o Centro Olímpico, Prefeitura, Reitoria, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) e a Maternidade Escola.
Porém, de acordo com a UFRJ, as três unidades de saúde que estão com as contas de janeiro e fevereiro em atraso devem ter os valores quitados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), empresa pública assumiu a gestão dessas unidades.
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Em nota enviada ao O Globo, a Light afirmou que recebeu a decisão e agendou uma reunião com a reitoria para entrar em comum acordo sobre as dívidas.
A concessionária disse ainda que “acredita na transparência e no diálogo com a instituição e no acordo entre as partes para evitar o corte de energia, previsto na legislação”.
Como alternativa emergencial, a universidade tem negociado acordos para manter os serviços, como forma de evitar a suspensão das aulas.
Que decisão absurda e esdrúxula!
Uma empresa privada tem que assumir prejuízos para bancar uma universidade pública! É o fim !
Não é esta reitoria que está na mão do PSOL ?
Fecha que o país sai ganhando.