A Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) de Canoas, no Rio Grande do Sul, se tornou um centro de acolhimento emergencial para 6 mil pessoas desabrigadas. Os grupos estão espalhados por cinco prédios no campus da instituição.
As exigências da população obrigaram as autoridades a montar uma minicidade dentro do campus. Oo espaço já conta com:
- hospital de campanha;
- equipe de saúde;
- farmácia;
- posto de atendimento psicossocial;
- espaço exclusivo para autistas e idosos em situação especial;
- centro de acolhimento para crianças perdidas; e
- centro para de doações de roupas, alimentos e água.
Cidade provisória no Rio Grande do Sul
Inicialmente, a Ulbra recebeu entre 300 e 400 pessoas afetadas pelas enchentes. O número de indivíduos sem casa, no entanto, chegou a 6 mil em poucos dias. O reitor da universidade, Thomas Heimann, destacou a mobilização de quase mil voluntários para atender às demandas.
A cidade provisória montada na Ulbra não ficou isenta de facções criminosas locais, como o Manos e Bala na Cara. Para evitar conflitos, uma força-tarefa de segurança, composta da Polícia Civil e da Brigada Militar, foi acionada para separar e monitorar os grupos em prédios distintos.
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“As facções não vão buscar se empoderar aqui dentro”, afirmou o reitor. “Porque estamos abrindo as casas para eles. Eles sabem que estamos neste momento ao lado deles. Eles não podem criar uma guerra aqui dentro. Isso é muito ruim para eles. Então isso não é o que nos preocupa.”
Universidade enfrenta problemas com as instalações
Além das dificuldades para acomodações, a Ulbra enfrenta um problema de escassez de banheiros. No local existem cerca de 30 chuveiros. Entretanto, é insuficiente para suprir o total de 6 mil no local.
Uma mulher alojada no local relatou que as instalações são boas. Segundo ela, apenas as brigas atrapalharam a convivência no local.
“Sobre o tratamento e a comida, está tudo maravilhoso, ótimo”, afirmou Elisângela Lopes da Silva. “O que não esteve bom foram as brigas, uns caras tarados, né? Entrando no banheiro das mulheres. Isso é triste, mas a gente está sendo bem tratado. E agora acho que a segurança está melhor.”
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