Um vídeo que circula nas redes sociais explica o fenômeno que causou as enchentes no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. Desde o início dos temporais, o Rio Taquari, uma importante via fluvial da região, ultrapassou os 30 metros em cidades como Estrela e Lajeado.
Até o dia 18 de abril, choveu 230 milímetros na região central do vale, já acima da média para a região, que é de 151 milímetros. O nível do rio subiu e começou a invadir as cidades. De 28 de abril até a quinta-feira 2, foram mais 501 milímetros.
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As chuvas encharcaram o solo, e a água escoou das cabeceiras dos rios menores até o Rio Taquari. As cidades do entorno foram inundadas. De acordo com especialistas, os municípios do vale foram erguidos ao longo do rio em áreas planas e baixas, conhecidas como “planícies de inundação”. Essas áreas são naturalmente alagadas quando o rio sobe.
Vale do Taquari enfrentou enchentes no ano passado
Até o incidente de abril, as enchentes registradas no Vale do Taquari em setembro de 2023 eram consideradas como o maior desastre natural da história do Rio Grande do Sul. Morreram 54 pessoas, e dezenas continuam desaparecidas.
A tragédia foi causada depois de um sistema de baixa pressão causar chuvas intensas e se mover em direção ao oceano. Foram observados rajadas de vento significativas e aumento do nível dos rios. Inúmeras pessoas ficaram desabrigadas.
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Com as enchentes, alguns dos cidadãos foram arrastados pela correnteza. Os primeiros óbitos foram registrados em 4 de maio. Nos dias seguintes, mais corpos foram encontrados, o que contribuiu para o aumento do número total de vítimas.
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MARIA HELENA DE CASTRO CUNHA
È pura falta de infraestrutura para conter as águas! Falta engenharia hidráulica de alto nível. O resto é conversa mole. Atenção engenheiros gaúchos, façam valer o que estudaram, políticos gaúchos, criem vergonha, povo gaúcho, pressão total no governo para um projeto hidráulico decente!
Primeiro artigo que menciona o fato das cidades terem sidos construídas em planícies de inundação. Parabéns! A imprensa tradicional só sabe repetir o mantra falacioso das “mudanças climáticas”.
Assim como em qualquer lugar que alaga, independente do Estado que seja, é previsível, esperado e capaz de medidas preventivas para mitigar os danos causados pela inundação. Culpar o Governo por permitir a construção, ou os moradores por construírem em locais de risco é não entender a dinâmica de expansão das cidades. O que o Governo tem o dever de fazer é criar um Plano de Resposta a Eventos Naturais com monitoramento e previsões acuradas, alertas aos municípios em áreas de risco com plano de deslocamento e alojamento das famílias afetadas. Isso sim é um Governo que se preocupa com seus cidadãos. Agora, com ciclos de 4 anos, e a sede de poder dos políticos em geral, isso nunca vai acontecer. pois é um plano de longo prazo e não trará votos para o candidato ou eleito do momento.
O RS está parecendo Petrópolis. Faz anos que a cidade e seus arredores sofrem com inundações, mas o poder publico fecha os olhos depois que as verbas são liberadas e todos voltam a reconstruir à volta das tragédias anteriores.
O raio cai sim no mesmo lugar.
Corretíssima as observações de Adriana. Ia justamente dizer (escrever) a mesma coisa. De fato, o Poder Público deveria coibir as construções em “áreas sujeitas à inundação”. Já trabalhei na área de topografia e, sem entrar em detalhes que não cabem aqui, posso assegurar que esse mapeamento de áreas não é nenhum “bicho de sete cabeças” ou nada tão difícil assim de se realizar. Faltam mesmo é disposição e vontade política para fazer.
O poder público e a defesa civil sempre estão atrás das ocorrências, querendo mostrar serviço depois que a catástrofe impera. Moradias em lugar de risco é também responsabilidade das prefeituras que deixam as construções serem feitas nas encostas ou em lugares propensos à enchentes. Para que estão servindo tantos vereadores e deputados? o STF está quietinho… Interessante!!!