A companhia aérea VoePass adiou a coleta dos pertences das vítimas da queda de avião em Vinhedo (SP) na última sexta-feira, 9. A decisão foi tomada depois de um pedido do Instituto de Criminalística para realizar uma nova inspeção no local.
A queda do avião em Vinhedo resultou na morte de 62 pessoas, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes. Até a tarde desta segunda-feira, 12, peritos do Instituto Médico Legal (IML) tinham identificado 27 vítimas e entregado 12 corpos às famílias.
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Em nota enviada ao jornal Poder360, a VoePass informou que aguarda a visita do Instituto de Criminalística, que solicitou uma nova verificação na área” onde o avião despencou, no condomínio residencial Recanto Florido, localizado em Vinhedo.
“A companhia aguardará até que tenha a permissão das autoridades para, então, estimar o prazo final do processo de retirada dos destroços”, acrescentou a companhia aérea.
A VoePass também informou que contratou um serviço especializado para retirar, descontaminar, catalogar e identificar os pertences pessoais das vítimas, que serão devolvidos aos familiares “em momento oportuno”.
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O turboélice ATR-72 da Voepass operava o voo 2283, de Cascavel (PR) ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). A aeronave caiu por volta das 13h20 em Vinhedo, a 70 km do destino. Não houve sobreviventes. Este é o acidente mais grave na aviação comercial brasileira desde 2007.
Em nota, a companhia aérea expressou “profunda dor” pelo acidente. “A equipe da Voepass Linhas Aéreas segue direcionando seus esforços para apoiar de forma irrestrita as famílias das vítimas, a fim de prover não só estrutura operacional, mas também conforto e solidariedade, além de contribuir com as investigações junto às autoridades competentes”, publicou.
Perícia das caixas-pretas de avião que caiu em Vinhedo
Nesta segunda-feira, 12, as investigações preliminares das caixas-pretas do avião que caiu em Vinhedo (SP) foram concluídas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Força Aérea Brasileira (FAB).
“Toda a gravação das duas caixas-pretas, de voz e de dados, foi codificada com sucesso”, afirmou o brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Cenipa. A análise do material foi iniciada no sábado 10, depois de transferência das caixas-pretas do avião para Brasília.
Nesta segunda fase, de análise de dados, serão examinadas as atividades relacionadas ao voo, ao ambiente operacional e aos fatores humanos, bem como um estudo pormenorizado de componentes, equipamentos, sistemas, infraestrutura, entre outros.
Os dados das caixas-pretas incluem as gravações das conversas na cabine nos minutos finais do voo 2283. Contudo, ainda não há previsão de entrega do relatório preliminar das investigações. O prazo para divulgação é de 30 dias.