Romeu Zema, governador do Estado de Minas Gerais pelo partido Novo, disse que o grande legado do ex-presidente Jair Bolsonaro foi o de ter organizado a direita. No entanto, para o mineiro natural de Araxá, Bolsonaro ficou devendo aos liberais. “Na área econômica, pode ter sido bom. Mas ele pouco avançou em desestatização e em economia verde”.
Zema defendeu ainda um consórcio de Estados do Sul e Sudeste do país a fim de se defender, no Congresso Nacional, de possíveis perdas econômicas frente aos Estados das regiões Norte e Nordeste. O governador mineiro, declaradamente um opositor de Lula, disse que o bloco chama-se Cossud — Consórcio Sul-Sudeste — e tem como presidente o governador do Estado do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).
Atuação dos Estados no Congresso Nacional
De acordo com o governador, a atuação do Cossud se dará em prol do combate aos prejuízos às unidades da federação no Congresso.
“Outras regiões do Brasil, com Estados muito menores em termos de economia e população se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos. Ficou claro nessa reforma tributária que já começamos a mostrar nosso peso”, disse Zema.
Reforma tributária
O grupo deve se concentrar nas implicações da reforma tributária, aprovada pela Câmara, mas que ainda precisa da análise do Senado. O governador de Minas entende que os Estados do Sudeste vão sempre estar em franca desvantagem.
“Temos feito o mesmo trabalho com o senadores de nossos Estados e o que nós queremos é que o Brasil pare de avançar no sentido que avançou nos últimos anos — que é necessário, mas tem um limite — de só julgar que o Sul e o Sudeste são ricos e só eles têm que contribuir sem poder receber nada”, disse o governador ao Estadão.
Para o político de Minas Gerais, o Sudeste também precisa de ações sociais. “Está sendo criado um fundo para o Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Agora, e o Sul e o Sudeste não têm pobreza? Aqui todo mundo vive bem, ninguém tem desemprego, não tem comunidade…Tem, sim. Nós também precisamos de ações sociais. Então Sul e Sudeste vão continuar com a arrecadação muito maior do que recebem de volta? Isso não pode ser intensificado, ano a ano, década a década”.
Eleições de 2026
Apesar de a corrida presidencial de 2026 ainda estar longe, o governador de Minas Gerais disse que só pensa na hipótese de se candidatar à chefia do Poder Executivo se achar que “poderá fazer alguma coisa”. Caso contrário, Zema prefere apoiar outro nome. Seja como for, o político antevê uma eleição polarizada, porque o país está dividido. Para Romeu Zema, o apoio de Bolsonaro — inelegível por oito anos — é fundamental.
Muito bem, Zema! O Senhor está certíssimo. Só tome o cuidado para não aparecer muito por enquanto. Não devemos esquecer que o sucesso das motociatas de nosso líder assustou os inimigos antes da hora e depois deu no que deu. Vossa Excelência é o curinga que temos na manga. Pode aguardar.
Hoje o Zema me parece um bom nome para a presidência.
Políticos bons de todo o Brasil precisam tirar a banda podre do congresso atualmente bem representada. Mas é difícil sem uma boa reforma política. Povo vota em um e entram outros. Centenas de candidatos em eleição, dezenas de partidos e as velhas raposas corruptas sempre dominando.
O verdadeiro cancer que atrapalha esse país e que tem que ser extirpado são esses estados nordestinos, sem esse fardo, essa âncora, o resto do país iria deslanchar. Mas como isso pode ser considerado xenofobia, que fique apenas como uma reflexão.
Vamos apostar agora nas eleições de 2024. Como apoio dos prefeitos e vereadores, a os Conservadores Liberais terão um peso muito maior.
Confiamos em Zema e Tarcísio, Ratinho e Claudio Castro fora outros grandes aliados no Sudeste.
Zema é um bom político, honesto e competente. Se ainda houvesse democracia no Brasil, ele seria um bom nome para a presidência.