“A caminhada mais solene de um homem é aquela que ele faz da sala de parto até o berçário” (Roberto Motta)
“A coisa mais extraordinária do mundo é um homem comum, uma mulher comum e seus filhos comuns”, (G. K. Chesterton 1874-1936)
Em artigo publicado na Edição 252 da Revista Oeste, o escritor Roberto Motta revela qual é seu maior arrependimento. A resposta: “Não ter tido mais filhos”. O tema surgiu depois de seu filho perguntar-lhe sobre o que Motta poderia ter feito no passado e não o fez.
De acordo com Motta, muitas coisas o impediram de ter mais filhos. Coisas fúteis, que ele poderia não ter dado atenção. Como, por exemplo, “a narrativa de que o mundo estava superpovoado”.
Leia um trecho do artigo “O maior arrependimento”:
“Lembro da condescendência que eu reservava para quem se casava e tinha filhos ainda jovem. O mundo era tão vasto e cheio de aventuras; como alguém podia se deixar ancorar em família e boletos? Eu queria viajar, completar grandes conquistas, deixar meu nome na história. Filhos eram um projeto medíocre de quem não tinha capacidade para o extraordinário. Como fui tolo. Filhos são prodígios. Formar e manter uma família é uma das conquistas mais complexas e recompensadoras da experiência humana. ‘A coisa mais extraordinária do mundo é um homem comum, uma mulher comum e seus filhos comuns’, disse Chesterton. Hoje tenho inveja de quem teve filhos ainda jovem. Talvez esse seja meu segundo maior arrependimento. Mentiram para mim. Disseram-me — e eu acreditei — que filhos significavam dor de cabeça, despesas e dificuldades. Nunca me falaram da satisfação da paternidade, do milagre da concepção ou da experiência de ver uma criança crescendo diante de nós. Disseram-me que filhos eram dispendiosos, que crianças estragavam oportunidades, e que suas necessidades produziam estresse, frustração e sustos. ‘Ter filhos é ser refém do acaso’, li em algum lugar. ‘Nunca mais você vai dormir bem’, disse a avó da minha mulher quando meu filho nasceu. Tudo isso eu aprendi muito bem. Mas era apenas uma parte da verdade. A parte menos importante. Nunca me contaram que a caminhada mais solene de um homem é aquela que ele faz da sala de parto até o berçário. Na minha experiência — particular, única e imperfeita — não conheci nada que substituísse a paternidade. A verdade é que eu deveria ter tido, no mínimo, seis filhos.
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Revista Oeste
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Palmas…..assino embaixo…..muito bom….são nossas melhores partes…caso não seja isso, alguma coisa se perdeu no caminho….ai meu amigo, só procurando e consertando…….eis a lição.