Parafraseando o famoso poema de Carlos Drummond de Andrade, a festa do Oscar acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? E agora, povo? E agora, Fernanda Torres e Walter Salles? Bom, Fernanda vai continuar fazendo filmes, atuando, até porque essa é sua profissão e é isso o que ela faz. Quanto a Salles é possível uma previsão: o cineasta deverá desaparecer por uns dez anos ou mais para então se reapresentar diante das luzes da ribalta, provavelmente com outro filme-denúncia de caráter social sobre as injustiças de um Brasil oprimido por poderosos, fascistas e ditadores que tentam de tudo para impedi-lo de filmar. É isso o que ele irá dizer, como um mantra, da mesma forma como o fez em relação ao seu Ainda Estou Aqui (“Não faríamos esse filme durante o governo Bolsonaro”, disse ele em entrevista à CNN norte-americana). Pois o filme que tirou o país do mapa da fome do Oscar, é verdade, foi eleito pela Academia o melhor filme internacional do ano, conquistando a tão cobiçada estatueta dourada. Isso é ótimo porque os argentinos, já duas vezes premiados, finalmente deixarão de fazer piada com o povo brasileiro.
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Walter Salles vai desaparecer, principalmente, porque é isso o que ele faz. Seu longa-metragem comercial anterior, Na Estrada (On the Road), foi lançado em 2012. Lá se vão 13 anos. Salles faz isso porque o cinema, para ele, não vai além de uma diversão, um passatempo ou, numa análise mais filosófica, uma forma de espantar o stress de uma vida ociosa — uma vez que deve ser muito desgastante torrar uma fortuna pessoal estimada em R$ 26,4 bilhões, de acordo com o ranking de bilionários brasileiros da revista Forbes. Walter Salles Jr. é o 11º homem mais rico do Brasil e, atualmente, o terceiro diretor de cinema mais rico do mundo. Ele fica atrás somente de Steven Spielberg, cuja fortuna é US$ 5,3 bilhões (R$ 30,3 bilhões), e de George Lucas, com um patrimônio de US$ 5,2 bilhões (R$ 29,8 bilhões). Steven Spielberg! Aquele que em sua carreira de mais de 50 anos fez alguns filminhos como Tubarão (1975), E.T. (1981), a franquia Indiana Jones (1989), Jurassic Park (1993), A Lista de Schindler (1993), O Resgate do Soldado Ryan (1998) e… melhor parar por aqui. George Lucas? Ele mesmo, o da Saga Star Wars iniciada em 1977. E não se fala mais nisso.
O cinema, para Walter Salles, não é exatamente um negócio. Ele não precisa disso e jamais precisou. Ele é o único diretor de cinema mais rico do mundo que não enriqueceu com o cinema. Foi o avô, João Moreira Salles, no início do século 20, quem iniciou a construção de uma fortuna no ramo do café, vindo a criar diversas empresas. Um dos filhos de João, o diplomata, banqueiro e empresário Walther Moreira Salles, assumiu e ampliou os negócios da família, criando um império financeiro que inclui banco (hoje o Itaú) e até o nióbio — os Salles controlam cerca de 75% do nióbio do mundo. Aliás, lembram-se de um certo presidente da república que costumeiramente era motivo de chacota quando mencionava nióbio?
Em sua biografia, Walther Moreira Salles revela que jamais se preocupou se os filhos assumiriam os negócios da família. “Eu ganhei dinheiro para que eles possam fazer o que quiser”, Walther costumava dizer. Nada mais nobre e justo, depois de tanto trabalho. Walther teve quatro filhos; dois deles são Walter e João Moreira Salles. Ambos se divertem fazendo cinema. São talentosos e isso é inegável. No entanto, como frequentemente ocorre com criança mimada, é sempre mais divertido brincar com o brinquedo dos outros. E isso está longe de ser nobre e muito menos justo, sobretudo quando se tem conhecimento de que tanto Walter quanto João, quando decidem fazer cinema, o fazem diante das regras e na dependência das leis do audiovisual vigentes no Brasil. O que, em última análise, quer dizer que eles se utilizam de dinheiro público. O brinquedo dos outros é o dinheiro dos cidadãos pagadores de impostos, para ficar mais claro.
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Mas voltemos ao Oscar. Quem assistiu à cerimônia de premiação, deve-se lembrar do momento em que Sean Baker subiu ao palco para receber as estatuetas de melhor diretor e melhor filme do ano, por Anora. Em seu discurso emocionado e apaixonado, revelou que seu filme foi feito com apenas U$ 6 milhões. “Utilizamos nossos próprios recursos”, disse ele. Sean Baker não é bilionário. Para piorar, não é brasileiro. Porque o Brasil é um país abençoado por Deus, onde até cineasta bilionário usa dinheiro público para se divertir fazendo filmes. No Brasil, cineasta é a única profissão em que se ganha antes para trabalhar depois. Sem incentivo, sem dinheiro do governo, ninguém começa a filmar.

Ah, mas o irmão do Walter, João Moreira Salles, disse que Ainda Estou Aqui não dependeu de dinheiro público. “Ao contrário do que foi espalhado nas redes sociais por políticos de direita, [Ainda Estou Aqui] não usou verbas da Lei Rouanet”, disse João Moreira Salles em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Claro que não. Todos sabem que a Lei Rouanet não se aplica ao cinema e veta a atribuição de recursos para longas-metragens. Mas o que poucos sabem é que o nosso oscarizado melhor filme internacional é uma coprodução entre Brasil e França: VideoFilmes, RT Features e Mact Productions são as produtoras; Globoplay, ARTE France e Conspiração Filmes são os coprodutores.
Todas essas empresas, nacionais e internacionais, conhecem bem o artigo 3º da Lei do Audiovisual (Lei 8.685/93), que permite às empresas estrangeiras que contribuem com o Imposto de Renda abatam 70% do imposto devido. O abatimento é válido desde que o valor seja investido em projetos audiovisuais brasileiros. Ainda Estou Aqui é brasileiro — pelo menos era durante a premiação do Oscar. E por abatimento, entende-se deixar de pagar imposto. Também segundo reportagem da Folha de São Paulo, profissionais ligados à produção de Ainda Estou Aqui afirmam que o filme custou R$ 45 milhões. Graças ao bendito artigo 3º da Lei do Audiovisual, 70% do valor “investido” no filme voltou para as mãos dos investidores, sejam eles privados ou não. Ou seja, essa montanha de dinheiro deveria ter sido paga como forma de imposto. Imposto é dinheiro público. Se alguém se utiliza desse montante, está sim usando dinheiro público. Mas agora a festa do Oscar acabou, a luz apagou, o povo sumiu… Deixemos José em paz, já que ele não faz parte da história e nem rima com nada.
Brasileiro sabido é assim mesmo.
Além de usar dinheiro do pagador de impostos do
Seu país, sibda usa de outros. Pensa no Brasileiro inteligente. Insuperável
O povo , nosso povo “ainda está aqui” para ver as promessas de campanha.
Estamos esperando que um jumento faça um filme sobre todas as vitimas retratadas no texto abaixo.
O livro negro do comunismo não busca justificar ou encontrar causas para os atos cometidos sob a bandeira do comunismo. Tampouco pretende ser mais um capítulo na polêmica entre esquerda e direita, discutindo fundamentos ou teorias marxistas. Trata-se, sobretudo, de lançar luz a um saldo estarrecedor de mais de sete décadas de história de regimes comunistas: massacres em larga escala, deportações de populações inteiras para regiões sem a mínima condição de sobrevivência, fome e miséria que dizimaram milhões, enfim, a aniquilação de homens, mulheres, crianças, soldados, camponeses, religiosos, presos políticos e todos aqueles que, pelas mais diversas razões, se encontraram no caminho de implantação do que, paradoxalmente, nascera como promessa de redenção e esperança.
“…os regimes comunistas tornaram o crime em massa uma forma de governo”. Usando estimativas não oficiais, apresenta um total de mortes que chega aos 94 milhões. A estimativa do número de mortes alegado por Courtois é a seguinte:
• 20 milhões na União Soviética
• 65 milhões na República Popular da China
• 1 milhão no Vietname
• 2 milhões na Coreia do Norte
• 2 milhões no Camboja
• 1 milhão nos Estados Comunistas do Leste Europeu
• 150 mil na América Latina
• 1,7 milhões na África
• 1,5 milhões no Afeganistão
• 10 000 mortes “resultantes das ações do movimento internacional com
Em edição revisada e com capa nova, O livro negro do comunismo traz uma vasta e complexa pesquisa — os locais, as datas, os fatos, os carrascos, as vítimas contadas às dezenas de milhões na URSS e na China, e os milhões em pequenos países como a Coreia do Norte e o Camboja. Além disso, a obra é amparada por um encarte de 32 páginas com cerca de 80 imagens e por mapas que situam e oferecem ainda mais embasamento ao leitor.
Publicado originalmente na França, no momento em que a Revolução de Outubro de 1917 completava 80 anos, O livro negro do comunismo logo se tornou sucesso de livraria, com enorme repercussão, e deflagrou diversas polêmicas. Com mais de um milhão de exemplares vendidos no mundo e traduzido para mais de 25 idiomas, O livro negro do comunismo se consagrou e segue como uma obra referencial em estudos sobre o tema até os dias atuais, desempenhando um papel fundamental na compreensão das tragédias e complexidades do século XX.
A grande fome de Mao
por Frank Dikötter (Autor)
””(QUANDO NAO HÁ BASTANTE PARA COMER, AS PESSOAS MORREM DE FOME. É MELHOR DEIXAR METADE DAS PESSOAS MORREREM, PARA QUE A OUTRA METADE POSSA SE SACIAR. )”” MAO TSÉ-TUNG …
Nao tem como aplicar o “”AD Hominem “” , esse individuo foi um DEMONIO.
Este relato é uma reformulação fundamental da história da República Popular da China. Com riqueza de detalhes, pesquisa e um texto pontual, Frank Dikötter expõe um importante período da história chinesa e mostra que, em vez de desenvolver o país para se equiparar às superpotências mundiais, comprovando assim o poder do comunismo — como Mao imaginara —, o Grande Salto Adiante na verdade foi um passo gigante e catastrófico na direção oposta. O país virou palco de um dos assassinatos em massa mais cruéis de todos os tempos: pelo menos 45 milhões de pessoas morreram de exaustão, fome ou vítimas de abusos mortais das autoridades. Descortinando as maquinações cruéis nos corredores do poder e o cotidiano da população comum, A grande fome de Mao dá voz aos mortos e esquecidos.
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Parabéns , brilhante texto!