O filme Alien (de 1979) revolucionou alguns conceitos do cinema, com a maestria do diretor Ridley Scott. Misturou ficção científica com terror e apresentou a ideia de um monstro “biológico” – que acabou sendo mais assustador que os convencionais.
Alien chega a sua sétima continuação com Alien Romulus (em cartaz no Disney+). O diretor (uruguaio) Fede Alvarez faz algumas homenagens explícitas aos filmes que o antecederam. O que torna Romulus praticamente uma refilmagem, um “best of” da série.
O filme se passa vinte anos depois do primeiro Alien. Alguns jovens estão cansados de trabalhar em minas subterrâneas, como os ingleses do século 19, e decidem se livrar da empresa que os explora fugindo para uma estação espacial abandonada. Chegando lá… a gente já sabe.
Alien Romulus segue a fórmula dos anteriores em praticamente todos os detalhes: corredores escuros, luzes fantasmagóricas, buracos no chão causados pelo sangue ácido dos monstros, surgem os “facehuggers” (“abraçadores de rostos”) e logo aparece o astro, o monstrão gosmento de duas mandíbulas. Como nos filmes anteriores a grande heroína é uma mulher, temos um robô de atitudes dúbias, e o monstro ataca ao mesmo tempo em que a nave está para ser destruída. Quem assistiu a todos os filmes da série vai reconhecer uma série de homenagens explícitas aos antecessores.
Dessa vez surge um personagem do passado (sem spoilers aqui) para confirmar que a culpa por tudo isso “é do capitalismo”. Um detalhe é esquisito. O filme se passa no ano de 2142, mas os computadores a bordo parecem relíquias dos anos 1990.
O Alien mais original de todos continua sendo Prometheus (2012), que pelo menos tentou explicar um pouco da origem dos aliens e colocar uma certa lógica na saga. Romulus apenas repete o que já conhecemos. Menos no seu final, quando o roteirista Ronald Shusett deu um jeito de inventar uma criatura nova, essa sim capaz de habitar nossos pesadelos.
Realmente os pior filme de todos os 7. Sem nexo, sem inspiração. Tive que assistir duas vezes na Disney+, pois lutei muito contra o sono. Ai, que sono! Uaahhhhhhhh