Um casal de hippies pacifistas vive isolado na região de Donbas, no interior da Ucrânia. Ela vive de artesanato. Ele dá aula de Física numa escola da vila mais próxima. São felizes e despojados – até que chegam as tropas russas. Matam a mulher, grávida e queimam a casa. O pacato professor então se transforma no Corvo – um sniper que usa seus conhecimentos de Física para acertar os invasores com precisão absoluta.
Esse é o resumo de Corvo Branco, um longa produzido com apoio do governo ucraniano, usando um elenco formado basicamente por militares. Poderia ser uma simples propaganda de guerra, mas virou um filme bem-produzido (com recursos limitados por motivos óbvios), bem dirigido (por Marian Bushan) e interpretado de forma convincente por um elenco basicamente amador. O suspense é palpável e temos durante o filme uma aula detalhada sobre a arte e a ciência de atirar à distância.
Se o enredo parece uma fantasia, é conveniente saber que seu roteiro foi escrito (em parceria com o diretor Bushan) por Mykola Voronin – o Corvo Branco em pessoa, que passou por todo esse drama na vida real.
Disponível pela Looke.