Jogador número 1 é um dos filmes menos conhecidos dirigidos por Steven Spielberg. Lançado em 2018, não teve a divulgação que merecia. Mas sua vantagem é que ele está se tornando ainda melhor com o tempo.
A história é passada em mais um desses futuros distópicos onde as pessoas vivem em favelões por causa de desastres climáticos. Nesse futuro, um gênio dos games chamado James Halliday criou um universo paralelo chamado OASIS. Com sua morte, Halliday deixa um avatar com uma mensagem: quem conseguir descobrir alguns segredos no jogo, vai herdar sua empresa. O novo CEO é o vilão que quer evitar a qualquer preço que alguém vença o desafio. Wade, um garoto pobre, é o cara que está próximo a ser o jogador número 1.
Mas o melhor de Ready Player One são as cenas passadas no interior do game. Spielberg enfrentou uma das produções tecnicamente mais complexas de todos os tempos, com cenas de um universo em constante mutação. Uma das maiores delícias do filme (baseado em romance de Ernest Cline) é o fator nostalgia. Somos bombardeados o tempo todo com citações de cultura pop. O herói dirige o carro de De Volta Para o Futuro. A heroína pilota a moto de Akira. Uma das batalhas acontece no cenário de O Iluminado.
Ready Player One (disponível pelos streamings Max e Amazon Prime), além de divertido, é um bom retrato do momento em que vivemos – onde a realidade e a ilusão se confundem e nos convidam a conviver com novas dimensões.