Justiça proíbe cover de Cazuza de se apresentar como o cantor

A Justiça do Rio proibiu Valério Damásio de Araújo de continuar a se apresentar como cover de Cazuza (1958-1990). Valério interpretava o músico há 18 anos. A ação contra o cover foi movida por Lucinha Araújo, mãe do cantor e proprietária da Viva Cazuza.

Mesmo depois de perder em primeira instância, Valério recorreu da decisão e seguiu com suas apresentações pelo país. De acordo com o jornal O Globo, caso desrespeite a determinação judicial, o cover terá de pagar uma indenização de R$ 5 mil por show realizado.

Obtenção de autorização e pagamento de royalties

Atualmente, o Instagram de Valério não faz menções diretas a Cazuza, preferindo referir-se ao “poeta Exagerado”. Para continuar a se apresentar como Cazuza, o artista precisa obter autorização da empresa responsável pelo cantor e quitar os “royalties” pelas apresentações realizadas em todo o país ou on-line.

Quem foi Cazuza

Agenor Miranda Araújo Neto, o Cazuza foi um dos mais influentes cantores e compositores brasileiros, nascido em 1958 e falecido em 1990. Ele se destacou como vocalista e letrista da banda Barão Vermelho nos anos 1980, sendo um dos principais representantes do movimento musical conhecido como “rock brasileiro”.

Cazuza ganhou destaque não só por sua voz única e carismática, mas também por suas letras poéticas e muitas vezes controversas, que abordavam temas como amor, política e questões existenciais. Ele foi um ícone da contracultura e um porta-voz da juventude brasileira da época.

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Em 1985, Cazuza deixou a Barão Vermelho para seguir carreira solo, lançando diversos álbuns de sucesso, como “Exagerado” e “Ideologia”. No entanto, sua vida foi interrompida precocemente devido às complicações decorrentes da AIDS, doença da qual foi diagnosticado em 1987. O artista morreu prematuramente aos 32 anos de idade.