51 anos se passaram desde quando O Exorcista foi lançado. E desde 1973 o filme da menininha endiabrada continua liderando qualquer ranking de filme mais assustador de todos os tempos.
O interessante é que de lá para cá a tecnologia do cinema avançou imensamente. Criar um monstro nos dias de hoje é um trabalho que computadores fazem praticamente sozinhos. Mas nada superou as cenas no quarto gelado da menina Regan, com sua voz distorcida, vomitando sopa de ervilha e flutuando sobre a cama.
Um dos segredos do filme (escrito por William Peter Blatty e dirigido por William Friedkin) foi justamente usar como “vilã” uma garota de rosto inocente interpretada por Linda Blair, na época com 13 anos. É difícil entrar em nossa mente a contradição entre a inocência de um rosto de menina e as coisas horrendas que ela faz, dominada pelo demônio Pazuzu.
Como se não bastasse o terror causado pelo filme em si, alguns fatos multiplicaram sua fama. A história foi baseada na história de um padre exorcista chamado Walter H Halloran, que morreu em 2005. A voz assustadora do demonio foi criado por uma atriz que antes de gravar as falas engolia ovos crus, fumava e bebia muito. Durante as filmagens, atores sofreram acidentes, perderam parentes e um incêndio destruiu parte do cenário, adiando a produção por dois meses. Estava criado o mito da “maldição” de o Exorcista.
Críticos de cinema quiseram fazer uma ligação do filme com o processo de impeachment do então presidente Richard Nixon. Pura politicagem. O Exorcista aterroriza até hoje porque é um filme que mexe com nossos temores mais profundos. Depois de cinco sequencias e uma série, o original continua sendo imbatível. Disponível pelo Max.
Apesar de tanto tempo ter passado, esse filme ainda causa muito impacto.