A série True Detective (HBO) tem um formato original. A cada temporada, um novo elenco se reúne para investigar um crime. As histórias não têm nada a ver uma com a outra.
Esta semana estreiou a quarta temporada da série, “Night Country”. Ela tem início no último por do sol numa região remota do Alasca, onde a chamada “noite polar” de cada inverno dura mais de dois meses. Duas detetives investigam o desaparecimento de oito cientistas de uma base remota de pesquisas. No local é encontrado uma língua humana cortada.
O episódio inicial da temporada tem um clima de filme de terrror e realismo fantástico – renas que se jogam de um abismo, um urso polar caolho, um morto que indica onde estão os cadáveres dos cientistas. E tem a presença de Jodie Foster, sempre muito competente, no papel da detetive Liz Danvers.
Infelizmente esse primeiro episódio da quarta temporada de True Detective é contaminado pelos conceitos woke. Aparentemente os cientistas foram mortos pelo fantasma de uma líder feminista brutalmente assassinada pelos machões locais. (“Ela acordou!”, é o slogan repetido por vários personagens). A filha adotiva da detetive Liz é lésbica. A colega de Liz é a detetive Navarro, uma nativa que reclama da proteção dada pela polícia aos habitantes brancos. Os homens parecem todos meio idiotas. A série foi produzida, escrita e dirigida pela mexicana Issa Lopez.
Roteiro woke eu dispenso. Já chega o cotidiano infestado por essa praga ideológica. Suportar isso na hora de descontrair com uma série é para masoquistas.